domingo, 28 de agosto de 2011

Lara Adrian - Série Midnight Breed (Raça da Meia-Noite)

Esta é a paixãozinha nova do mês... mais uma série de livros românticos com 'vampiros-super-hot'. Peguei para ler por sugestão da meninada da comunidade IAN, e embora tenha achado os primeiros livros meio decepcionantes (acho que inevitavelmente fiquei comparando à irmandade, e acabei achando que deixou a desejar) depois que peguei o ritmo, passei a gostar bastante. Não é lá uma série que mereça 5 estrelas, mas alguns livros (principalmente os mais recentes) batem 4 estrelas, fácil fácil...
A autora é amiga da Ward, a editora é a mesma, então a Ward 'recomenda' a série da Adrian.
***Troféu joinha pra Adrian, que além de tudo, finalizou os agradecimentos em seu primeiro livro da seguinte maneira: "Finalmente, um agradecimento especial as que foram minhas musas auditivas durante grande parte do processo de criação deste livro: Lacuna Coil, Evanescence e Collide, cujas comovedoras letras e incriveis músicas nunca deixaram de me inspirar". Tá, eu TENHO de falar: melhor trilha sonora do que os raps da Warden, huh?***

Adrian apareceu com um conceito novo: seus vampiros são alienígenas. *gulp*
Oito Ets pousaram na Terra eras atrás, e após muita destruição e massacre descobriram que algumas humanas eram geneticamente compatíveis para a procriação, dando início à Raça.
Estes primeiros vampiros, chamados Antigos, eram vorazes, com sua necessidade incontrolada de alimentação constante, dizimaram terras e populações humanas inteiras, querendo reinar soberanos sobre a Terra.
Seus filhos, já com um pouco do DNA de suas mães, e um pouco mais moderados em suas necessidades, rebelaram-se contra este comportamento destrutivo, matando estes primeiro oitos Antigos. Lucan e Tegan (chamados Gen Um, por serem descendentes diretos de um destes Antigos) junto com outros guerreiros, fundaram a Ordem, que, após a destruição dos pais da Raça, dedicaram-se, através dos séculos. a perseguir e destruir os Renegados - vampiros que entregaram-se à Luxúria de Sangue e matam humanos indiscriminidamente, sendo uma ameaça, tanto para a raça humana (pois se deixados livres e soltos, dizimariam a humanidade em poucos anos - acabando assim, com a fonte de alimento para eles) quanto para a Raça, que sempre necessitou manter-se anônima e longe do conhecimento dos humanos, por questão de sobrevivência.
Os vampiros da Adrian são diferentes, pois alimentam-se de humanos, mas não os matam, tendem a emparelhar-se com as Companheiras de Raça, quando encontram uma (são mulheres que trazem em alguma parte do corpo a marca pequena de uma lágrima sobre uma lua crescente, e que tem compatibilidade de gerar um filho com um vampiro, além de cada uma ter uma capacidade paranormal ou psíquica diferente, o que as tornam muito úteis para a Ordem), e os vampiros somente geram machos. Não existem vampiras fêmeas. É impossível transformar um humano em vampiro.
Os machos não-emparelhados (ou seja, que ainda não encontraram sua Companheira de Raça) alimentam-se de humanos - machos ou fêmeas - sem matá-los e sem crueldade, apagando a memória deles, após o ato. O teor erótico do famoso 'beijo do vampiro' da Adrian é muito mais evidenciado do que no mundo da Warden, mas em ambos contextos há a reverência e idealização do ato de alimentar-se do sangue de outro e ênfase no vínculo que isto significa (o que torna tudo adorável).
Os vampiros da Adrian possuem os chamados dermaglifos, que são uma espécie encantadora de tatuagens que cobrem o corpo inteiro (nos machos da primeira geração, e somente partes do corpo, diminuindo a extensão, conforme as gerações afastam-se dos Antigos e Gens Um e Dois) os glifos mudam de cor conforme o humor do vampiro, o que rende cenas 'visualmente' interessantes.
Os antagonistas da Raça são os Renegados, vampiros que entregaram-se ao Vício ou Luxúria de Sangue, quebrando o tácito acordo de convivência entre as espécies humana e vampírica (cujo primeiro mandamento é não matar) e que por isto, devem ser destruídos.

Estou lendo o oitavo, e aguardando a finalização da tradução do nono livro, que contará a estória do Hunter, que é um personagem intrigante que foi inserido na estória no livro 5.


Livro Um: O Beijo da Meia-Noite (Midnight Kiss)

Um estranho moreno e sensual a observava do outro lado da boate, e foi capaz de despertar as mais profundas fantasias em Gabrielle Maxwell. Mas nada a respeito desta noite – ou deste homem – é o que parece. Pois, quando Gabrielle presencia um assassinato nos arredores da boate, a realidade se transforma em algo obcuro e mortal. Nesse instante devastador, Gabrielle é lançada em um mundo que jamais imaginou existir – um mundo onde vampiros espreitam nas sombras e uma guerra de sangue está para começar. Lucan Thorne despreza a violência de seus irmãos sem lei. Ele próprio um vampiro, é um guerreiro de Raça, e jurou proteger sua espécie – e os humanos imprudentes com quem convivem – da ameaça crescente dos Renegados. Lucan não pode arriscar um relacionamento com uma mulher mortal, mas, quando seus inimigos escolhem Gabrielle como vítima, sua única escolha é trazê-la para o escuro submundo que comanda. Aqui, nos braços do intimidante líder da Raça, Gabrielle enfrentará um destino extraordinário, repleto de perigos, sedução, e dos mais sombrios prazeres…


Livro Dois: O Beijo Escarlate (A Kiss of Crimson)

"Ligados por sangue e segredos sombrios, eles entram um lugar de perigo e prazer infinito… Ele vem a ela mais morto do que vivo, um alto estranho vestido de preto crivado de balas e perdendo sangue rapidamente. Enquanto ela luta para salvá-lo, a veterinária Tess Culver não sabe que o homem que se chama Dante não é um homem, mas um da Raça, guerreiros vampiros envolvidos em uma batalha desesperada. Em um único momento carregado de erotismo Tess é lançada em seu mundo – um deslocável e sombrio local onde bandos de vampiros Rogue espreitam a noite, deixando um rastro de terror. Assombrado por visões de um futuro sombrio, Dante vive e luta como se não houvesse amanhã. Tess é uma complicação que ele não precisa – mas agora, com os seus irmãos sob ataque, ele deve proteger Tess de uma ameaça crescente, que inclui o próprio Dante. Pois, com um imprudente, beijo irresistível, ela se tornou uma parte inseparável de seu reino subterrâneo. . . e o seu toque a desperta a presentes escondidos, desejos e anseios que ela nunca soube que possuía. Ligados por sangue, Dante e Tess devem trabalhar juntos para impedir inimigos mortais, mesmo quando eles descobrem uma paixão que transcende os limites da própria vida…"

Livro Três: O Despertar da Meia-Noite (Midnight Awakening)
Com um punhal na mão e a vingança em mente, Elise Chase percorre as ruas de Boston em busca de retaliação contra os vampiros corruptos que tomaram dela tudo o que ela mais amava. Usando um extraordinário dom psíquico, ela persegue a presa, consciente de que o poder que possui a está destruindo. Elise precisa aprender a dominar essa força e, para isso, só pode recorrer a um único homem: Tegan, o mais mortal dos guerreiros...
Tegan conhece a dor da perda, e conhece a fúria, mas quando mata seus inimigos é com frieza e autocontrole... Até que Elise pede sua ajuda numa guerra pessoal. Uma aliança profana é forjada, um elo que os ligará por sangue e juramento e os lançará num redemoinho de perigo, de desejo, e das mais sombrias paixões do coração...

Livro Quatro: Ascenção à Meia-Noite (Midnight Rising)
Em um mundo de sombras e escuridão, o desejo é a arma mais mortífera...
Para a jornalista Dylan Alexander, o que começou como a descoberta de uma tumba oculta pelo passar dos tempos, acabou convertendo-se em uma espiral de violência e misteriosos segredos do passado que saem à luz e que põe em perigo sua vida. Não há nada mais perigoso que uma criatura ferida, nada é mais perigoso que esse sedutor que vive entre as sombras, e que trama em torno de Alex uma teia de sombrio desejo que a envolve no véu da noite eterna... Rio, ferido por uma traição, é um guerreiro comprometido a vingar-se contra aqueles que o traíram, o exercito de Renegados. Não há nada que se interponha em seu caminho e muito menos uma insignificante mortal que pode pôr em perigo a existência da raça dos vampiros. Mas um sombrio mal despertou de sua letargia eterna, a escuridão se abate sobre eles, e juntos, Alex e Rio, deverão fazer frente aos demônios que os espreitam, descobrindo no caminho que estão unidos por laços do passado.
Alex deverá escolher entre arriscar tudo o que possui por esse homem que lhe ensinou o verdadeiro sentido da paixão e o desejo mais violento ou voltar para seu frio mundo de solidão.

Livro Cinco: O Véu da Meia-Noite (Veil of Midnight)
Unidos pelo sangue, viciados no perigo, eles entraram no mais sombrio e – e no mais erótico — lugar de todos.
Uma guerreira treinada com balas e lâminas, Renata não pode ser superada por nenhum homem, seja vampiro ou mortal. Mas sua arma mais poderosa é sua extraordinária capacidade psíquica — um presente tão inaudito como mortal. Agora, um desconhecido ameaça sua independência duramente ganha, um vampiro com cabelos dourados que a atrai a um reino de escuridão… e de prazer além de sua imaginação.
Um viciado na adrenalina que gosta do combate, Nikolai executa sua própria justiça aos inimigos da Raça — e seu último objetivo é um assassino desumano. Uma mulher se interpõe em seu caminho: a sedutora, fria como o gelo guarda-costas, Renata. Mas os poderes de Renata são postos a prova quando um ser querido, uma criança, é ameaçada e ela é obrigada a recorrer a Niko em busca de ajuda. Quando os dois unem suas forças, o desejo abana sobre as chamas formando uma fome mais profunda. A vida de Renata se encontra sitiada por um homem que oferece o prazer mais delicioso dado por um vinculo de sangue – e uma paixão que poderia salvar ou acabar com o destino de ambos para sempre…

Livro Seis: Cinzas da Meia-Noite (Ashes of Midnight)
Uma mulher impulsionada pelo sangue. Um homem sedento de vingança. Um lugar onde convergem a escuridão e o desejo…
Quando cai a noite, Claire Roth foge de sua casa, impulsionada por uma feroz ameaça que parece ter saído do próprio inferno. Então, de entre as chamas e as cinzas, aparece um guerreiro vampiro. Ele é Andreas Reichen, seu antigo amante, agora um estranho consumido pela vingança. Apanhada no fogo cruzado, Claire não pode escapar de sua fúria selvagem, nem da fome que a arrasta a seu mundo de eterna escuridão e infinito prazer.
Nada impedirá Andreas de destruir o vampiro responsável pelo massacre de seus irmãos da Raça… mesmo que isso signifique utilizar sua ex-amante como isca em sua mortífera missão. Vinculada pelo sangue a seu perigoso adversário, Claire pode conduzir Andreas até o inimigo que busca, mas é um caminho repleto de perigos… e de profundos e inesperados prazeres. Pois Claire é a única mulher que Andreas não deve ansiar, e a única a que amou. Inicia-se assim uma perigosa sedução que confunde a linha que separa à presa do predador, e aviva as chamas de uma ardente paixão que pode consumir tudo em seu caminho...

Livro Sete: Sombras da Meia-Noite (Shades of Midnight)

Em uma terra selvagem, fria e mergulhada na escuridão, as linhas entre o bem e o mal; e o amor e o ódio nunca voltarão a ser as mesmas. Algo desumano está espreitando os selvagens e frios territórios do Alaska, deixando uma horrível carnificina para trás.
Para a piloto Alexandra Maguire, os assassinatos estão avivando lembranças de um horroroso episódio que testemunhou quando criança, e evocam nela a inexplicável sensação de que pertence a outro lugar, o que há muito tempo sentia dentro de si e que nunca pôde explicar... até que um sombrio e sedutor estranho que também esconde seus próprios segredos entra em seu mundo.
Enviado de Boston numa missão para investigar os selvagens ataques e parar a matança, o vampiro guerreiro Kade tem seus próprios motivos para retornar ao frio e esquecido lugar de seu nascimento.
Assombrado por um segredo, Kade logo percebe a autêntica ameaça que enfrenta, uma ameaça que porá em perigo a frágil união que formou com a valente e decidida mulher que acorda nele profundas paixões e primitivas necessidades. E quando introduzir Alex em seu mundo de sangue e trevas, Kade deverá confrontar não só seus próprios demônios, mas também o mal que pode destruir tudo o que ele preza.

Livro Oito: Capturada à Meia-Noite (Taken by Midnight)

No árido e gelado Alaska, a ex-agente da polícia Jenna Darrow consegue sobreviver a um inexplicável evento que a deixa ferida em corpo e alma. Mas, sua fuga a coloca totalmente em um novo e enorme desafio. Estranhas mudanças estão acontecendo em seu interior e ela luta consigo mesma para tentar compreender — e controlar — a nova fome que surge. Para fazer isso, ela busca ajuda em Boston e em uma estirpe de antigos guerreiros vampiros cuja própria existência é por si um mistério. E possivelmente, o mais misterioso de todos eles seja Brock, um macho alfa de olhos negros e aspecto ameaçador cujas mãos têm o poder de reconfortá-la, curá-la... E fazer despertar à paixão. E enquanto Jenna se recupera sob os atentos cuidados de Brock, verá-se arrastada à nova missão da Ordem: deter um cruel inimigo e seu exército de assassinos de submeter à humanidade em um reinado de terror. Apesar da determinação de ambos para lutar contra seus sentimentos e deixar-se levar somente por uma relação física, Jenna e Brock muito em breve se verão envolvidos em um desejo muito mais selvagem que a vida e mais forte que a morte... Até que um segredo do passado de Brock e a mortalidade de Jenna submeterão o amor proibido que ambos sentem a uma última prova de fogo.


Ahn, aproveito pra registrar que maridão me deu de presente o box com os três primeiros livros da Irmandade. Já reli os três, e devo admitir que, embora seja uma grande entusiasta dos ebooks, e ame o meu reader de paixão, NÃO HÁ NADA COMO LER UM LIVRO IMPRESSO.....


sexta-feira, 22 de julho de 2011

Cheryl Richardson - Sua vida em primeiro lugar


SUA VIDA EM PRIMEIRO LUGAR
208 páginas
Ed. Sextante


Trechos do livro "Sua vida em primeiro lugar", de Cheryl Richardson


Trecho 1: Os sete obstáculos

Ao longo do tempo, identifiquei os principais obstáculos que impedem as pessoas de viver a vida da forma que desejam:

1. Para você, "egoísmo" é um palavrão. Você tem dificuldade de colocar suas necessidades em primeiro lugar, mas em geral os compromissos os compromissos que assume provocam ressentimento e frustração.
2. Seu horário não reflete suas prioridades. Você acaba o dia em total estado de exaustão e nunca tem tempo para as coisas que considera mais importantes.
3. Você tem a sensação de que pessoas, lugares e coisas desgastam suas energias. Sua vida parece uma longa e infindável lista de obrigações. Seu escritório precisa ser organizado, sua casa arrumada, e, por mais que você faça, há sempre alguém se queixando de você.
4. É o dinheiro que domina você. Você se cansou de não conseguir fazer as escolhas que quer por causa de restrições financeiras. As dívidas se acumulam, você não sente satisfação com a forma como gasta seu dinheiro e, por mais que se esforce, não consegue viver dentro dos seus rendimentos.
5. A adrenalina tornou-se seu principal combustível. Você está constantemente pulando de um compromisso para outro. Gostaria de relaxar, mas não consegue diminuir o ritmo. Paz de espírito parece uma meta impossível de atingir.
6. Você sente falta de um grupo de amigos, de uma comunidade que Ihe dê apoio. Você se sente só e desejaria se ligar a outras pessoas com cabeça igual à sua.
7.Sua paz de espírito fica em úItimo lugar nessa vida ocupada. Você gostaria de passar um bom tempo meditando, rezando, praticando ioga ou outras formas de prática espiritual, mas seu tipo de vida não permite isso.

Esses são os sete blocos de problemas que, se forem tratados com cuidado, podem ser facilmente mudados. Superar esses obstáculos é a intenção deste livro. Se você tiver a disposição para empenhar-se e investir seu tempo (que este livro ajudará a encontrar!) e energia nesse processo, eu prometo que sua vida mudará incrivelmente.


Trecho 2: "Sua vida não é o seu trabalho"

Depois de uma crise pessoal ou depois de ouvir bastante sua voz interior, você começa a reavaliar sua vida profissional: "Eu me sinto realmente feliz com todo este trabalho?", "Qual é o retorno do meu investimento de tempo e energia?". Ao responder essas perguntas, você começa a perceber que a vida oferece muito mais do que trabalho e negócios.

Vivemos numa cultura que valoriza excessivamente o trabalho e avalia as pessoas por seu sucesso profissional. Eu vejo isso nas pessoas que me procuram pedindo ajuda para construir uma carreira que preencha seu "objetivo de vida". Ou nos empresários ansiosos para chegar à "receita ideal" para poderem "viver a vida que merecem". Posso Ihes garantir uma coisa: esperar que seu trabalho Ihe proporcione uma realização profunda é uma armadilha, além de ser um engano total. Você acaba investindo tempo e energia demais nisso, buscando desesperadamente uma coisa que não pode ser encontrada ali - a vida.

Ao nos centrarmos prioritariamente no trabalho, perdemos o contato com nós mesmos. Ficamos sem almoço ou comemos às pressas, fazemos negócios dirigindo o carro e e pouco convivemos com nossos filhos. Mal temos tempo para nós mesmos, que dirá para aqueles que mais amamos. Cecile Andrews, no seu livro The Circle of Simplicity (O Círculo da Simplicidade), escreve que "os casais conversam em média dooze minutos por dia e brincam com os filhos quarenta minutes por semana".

Os clientes que vêm pedir meu apoio dedicam ao trabalho, em média, cinqüenta e cinco a oitenta horas por semana (incluindo transporte, tempo real de trabalho, leitura e preparação). Esse estilo de vida tem seu preço. Meus clientes vivem exaustos com essa escalada profissional e a obrigação de equilibrar trabalho e família. Estão cansados do emprego que exige que eles se esqueçam dos seus valores e do cuidado com eles mesmos em troca de um cargo e um salário. E estão cansados de trabalhar longas horas sem conseguir atingir sua meta, sem se sentirem valorizados.

As férias tornaram-se períodos de recuperação, em vez de lazer e recreação. E aquelas poucas semanas por ano não são suficientes. Se a vida dos meus clientes servir de alguma indicação, a porcentagem de tempo gasto no trabalho está em alta, diminuindo progressivamente o tempo livre.

Mesmo o aumento de doenças ligadas ao estresse - como problemas cardíacos, fadiga crônica e câncer não é suficiente para mostrar às pessoas que a vida centrada no trabalho não funciona, levando-as a cair fora desse estilo de vida. Por que será tão difícil começar a colocar suas necessidades em primeiro lugar?

Várias razões são alegadas: o desejo de dar aos filhos uma boa educação, a vontade de morar nas áreas mais nobres da cidade, o medo de perder o emprego. Ou ainda o fato de as pessoas buscarem sua identidade e felicidade no ''ter mais": o salário mais alto, o emprego melhor, mais bens materiais e férias mais dispendiosas. Mas, a essa altura, a maioria das pessoas já começa a perceber que "ter tudo" não resolve a situação. Um emprego com um salário fantástico e grande prestígio pode trazer uma certa felicidade. Mas traz também muita responsabilidade e alto nível de estresse, fazendo a pessoa sentir-se vazia e fora de contato com o que realmente é importante.

(...)

George Leonard, um pioneiro no campo de potencial humano, declarou que 48 por cento dos 4.216 executivos que entrevistou achavam sua vida vazia e sem sentido, apesar de anos de esforço profissional. Esse vazio é, em geral, marcado por uma tristeza subjacente que, segundo um cliente, sobe à superfície e se manifesta quando ele diminui o ritmo de trabalho. Outro cliente, um médico de 47 anos, depois de quatro anos de trabalho contínuo, finalmente tirou uma semana de férias, sozinho, sem fazer nada. Ele me disse: "Fiquei surpreso ao ver que tinha vontade de sentar e chorar. Não sei por que, mas senti uma tristeza enorme, uma sensação de perda por estar jogando minha vida fora. Outra cliente admite que é perseguida por um "sentimento constante de solidão", apesar de viver cercada de gente.

Esses sentimentos talvez sejam a razão de as pessoas se manterem tão ocupadas. Diminuir o ritmo significa soltar as emoções presas, acumuladas ao longo do tempo. Mas sentimentos de solidão e tristeza são normais quando você se dá o direito de sentir. Pode ser experiência assustadora parar e perceber que sua vida está passando sem que você tenha controle dela.

Quando chegamos no fim do dia exaustos, não temos energia alguma para gastar com nós mesmos. Minha cliente ia, mãe de duas crianças, que trabalhava em horário integral, falou: "É claro que sinto falta dos amigos, mas no final do dia estou tão cansada, que a última coisa que quero fazer é conversar. Quando alguém me liga para bater papo, eu não acho a menor graça."

Outra razão para os meus clientes continuarem a trabalhar demais é não saberem o que fazer com o tempo. Janice percebeu isso no início do treinamento. Ela era uma relações-públicas muito animada e extrovertida. Passava os dias visitando os clientes, bajulando os contatos da mídia e planejando novas campanhas. Era sempre o centro das atenções e ótima em tudo o que fazia. Aos 41 anos, parecia estar no topo do mundo. Fazia viagens internacionais, hospedava-se nos melhores hotéis e tinha uma lista de clientes que queriam contratar seus serviços. Mas a vida que a Janice sonhava era bem diferente.

Na privacidade do consultório, Janice confessou que sua "imagem pública" era uma máscara que ela colocava toda manhã antes de sair para o trabalho. Por baixo dessa máscara havia ma mulher jovem e assustada. Bem-sucedida, mas com um enorme vazio interior. Apesar de sua trajetória de sucesso, Janice estava aos poucos perdendo o gás, com medo de cair doente por conta desse ritmo acelerado. Ela trabalhava quase todas as noites, dificilmente dormia bem e vinha reagindo com exagero aos menores erros cometidos por sua equipe. Dizia que se sentia "morta" por dentro, como se seu "entusiasmo pela vida tivesse desaparecido".

Quando eu pedi que ela pensasse nas mudanças que teria de fazer para colocar sua vida em primeiro lugar, Janice respondeu: "A verdade é que, quando me pergunto o que faria se não estivesse trabalhando, fico horrorizada ao ver que não sei o que responder." Foi preciso que Janice se ouvisse dizendo a verdade em voz alta para começar a trabalhar seu problema. Ela estava pronta para se colocar em primeiro lugar.

A sua vida parece um longo dia da trabalho depois do outro? Não se esqueça de que a parte mais importante da sua vida é você. Você é a soma de suas partes, e o trabalho é só uma dessas partes. Se você estiver caminhando para a exaustão, ou se já estiver lá, decida agora cuidar de si em termos prioritários, colocando-se no alto da lista de "coisas a fazer"!

Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6 ... 61,00.html


Uma colega de trabalho me emprestou este livro, numa destas coincidências da vida...
Eu não gosto de livros de auto-ajuda, mas sei lá, este me deu um bocado de coisas no que pensar. Obviamente não resolve todos os problemas do mundo, mas dá um belo de um cutucão, apresenta alguns conceitos dignos de reflexão. Fora que a linguagem da autora é algo como uma tia empática e carinhosa validando e acalentando a gente (pelo menos eu senti isto, ainda mais neste momento tão conturbado). Vários relatos, exemplos e dicas de como incorporar mudanças simples e mais complexas ao dia a dia. Bem como alguns dos motivos mais comuns de auto-sabotagem resistência a mudanças. Gostei bastante, embora não me encaixe no público-alvo da autora: executivos e bem-sucedidos em geral.
Bem legal.


J.R. Ward - The Story of Son (coletânea Dead After Dark, de 2008)

 Em Julho li  uma novella da JR Ward (58 páginas), parte de uma coletânea de contos sobrenaturais de autores diversos chamada "Dad after Dark" (lançada em 2008). O conto dela se chama "The story of son" e é totalmente excelente... uma delicinha, porque é de leitura rápida e super hot. 



(...) A estória de J.R. Ward é de longe a melhor da coletânea. É uma das duas estórias nesta coleção em que aparecem vampiros, e trata de uma advogada bem-sucedida que é raptada por uma cliente anciã para que se torne o café-da-manhã, almoço e jantar de seu filho vampiro. Mesmo ele sendo um vampiro sem nome, que é mantido trancafiado no porão há mais de cinqüenta anos "Filho" é pura fantasia romântica.

O "Story of son" é de um mundo diferente da Irmandade da Adaga Negra, mas existem algumas semelhanças com os heróis machos da IAN, que, quando combinados com o talento da autora em criar romances envolventes e excitantes, certamente agradará à maioria dos fãs.
Damos 4.5 estrelas ao invés de 5 pois a maior crítica à estória é deixar tantas questões sem resposta, que realmente merecia um livro completo ao invés de uma estória curta.

traduzido daqui: http://www.lovevampires.com/vardeadafterdark.html

Meses depois, li a novella da Sherrilyn Kenyon, Shadow of the Moon (parte da imensa série Dark Hunters) e minha impressão foi bem ruinzinha. Definitivamente, não curto as short stories da Kenyon, acho que ela criou um universo tão grandioso nos livros, que as short stories ficam superficiais e um tanto repetitivas, mas segue a sinopse: 
"Angelia lutou a vida inteira para ser forte. Agora, com sua terra sob ataque, ela deve proteger seu povo de Fury e seu clã de lobisomens. Jurando trazê-lo para fazer justiça, Angelia parte sozinha... até que o caçador se torna caça, e a única maneira de sobreviver é acreditar no logo que ela jurou matar" 

J. R. Ward - Série Fallen Angels 1 e 2

Livro I - Covet (Cobiça)

Redenção não é uma palavra que Jim Heron conhece muito bem – a especialidade dele, pessoal e profissional, é vingança, e para ele, pecado é bem relativo. Mas tudo muda quando ele se torna um anjo caído e é incumbido de salvar as almas de sete pessoas dos sete pecados capitais. Sua arma: o poder do amor. Seu inimigo: o mais sombrio mal. E falhar não é uma opção.
Vincent Di Pietro se entregou ao seu trabalho – até que o destino intervém na forma de um muito convincente, dono de uma Harley, salvador declarado, e uma mulher que o fará questionar seu destino. Com um mau antigo pronto para reclamá-lo, Vin tem que trabalhar com um anjo caído não apenas para salvar sua pele… mas para salvar sua alma.



Livro II - Crave (Desejo)

Sete pecados mortais. Sete almas que devem ser salvas. Mais um homem não detem a batalha entre um anjo caído, com um coração endurecido e um demônio com tudo a perder.
Isaac Rothe é um soldado com um passado obscuro e um futuro sombrio. O alvo de um assassino, ele se encontra atrás das grades, seu destino nas mãos do sua linda defensora pública Grier Childe. Sua atração quente por ela só pode levar a problemas e que antes mesmo de Jim Heron dizer-lhe que sua alma está em perigo.
Presa em um jogo perverso com o demônio sombrio, Isaac deve decidir se o soldado nele pode acreditar que o verdadeiro amor é a melhor arma contra o mal. Isaac Rhote é um assassino, desertor do exército e, por isso, manter-se nas sombras é a única maneira de sobreviver. Fugindo de seu antigo chefe ele é preso e seu futuro fica nas mãos da bela defensora pública, Grier Childe. A forte atração que existe entre eles pode ser fatal.

Bem interessante, li os dois primeiros este mês. por recomendação do pessoal da comunidade IAN do Orkut. O clima da série é bem diferente dos livros da Adaga. Mais sombrio, os vilões muito mais apocalípticos do que os pobres lessers cheirando a talco de bebê, afinal, tanto os mocinhos (anjos) quanto os bandidos (demônios) lutam pelo equilibrio entre o bem e o mal e a própria existência do mundo, e com tanto em jogo, é natural que o clima seja mais profundo, mais sombrio...
A melhor coisa - é sem dúvida foi divertir-se procurando os easter eggs da IAN escondidos nas páginas da série Fallen Angels... vários personagens conhecidos da outra série que pipocam aqui e ali, anonimamente, ou personagens 'fixos' que orbitam os dois mundos.
Vamos a eles, primeiro os personagens 'fixos': a mocinha do primeiro livro Covet é a Marie-Terese, que já conhecemos do livro Lover Avenged, prostituta que trabalhava no ZeroSun e depois no Iron Mask. O romance dela com Vin diPietro é super-hot, totalmente 'uma linda mulher' com direito até a um momento "Ela é minha" logo de início. (AMO)
Trez, um dos sombras que aparecem no Lover Avenged, companheiros da Xhex na segurança dos clubes do Rehv. E que posteriormente assume a direção do clube Iron Mask, após a 'morte' do Rehv... Ele está encantador neste livro.
Agora os easter eggs: o nome do dono da casa onde o Jim Heron morava é Perlmutter (nada mais do que nosso amigo doggen Fritz); Marie-Terese, em uma das idas noturnas a Igreja, esbarra com um sujeito enorme com um boné do Red Sox (Butch); Marie-Terese também esbarra com Phury em uma ida a um grupo de auto-ajuda, ela o descreve como um enorme homem de cabelos multi-coloridos.
Os anjos são um caso a parte, desde o quarteto inglêsificado no céu, quanto os quase humanos enviados para ajudar o Jim. Rendem momentos bem engraçados.
No geral, gostei mais do primeiro livro do que do segundo. O casal do primeiro é bem mais hot-hot.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

As Crônicas de Gelo e Fogo, George RR Martin

Bom... depois da viagem suicida dos 9 livros da Irmandade da Adaga Negra em 1 mês, iniciei A Guerra dos Tronos, e já faz quase um mês que tô empacada - rs.Tenho gostado, mas não tô conseguindo ler tão continuamente quanto prefiro, mas tenho esperanças de terminá-lo logo... . O primeiro eu consegui ler inteiro, mas empaquei irremediavelmente no meio do segundo e não consegui mais. A estória é ótima, o livro é bom, mas não sei o que aconteceu comigo, simplesmente não consegui pegar mais (frustração!) mas pretendo retomar. Em breve!



A Guerra dos Tronos

Prepare-se para conhecer uma terra onde o verão pode durar anos e o inverno toda uma geração. Westeros é uma terra de magias esquecidas e dragões adormecidos, habitada por cavaleiros honrosos e bastardos, governado por homens oportunistas sedentos por poder e conquistada sob o fio da espada. O frio traz consigo o mau agouro, mas os filhos do verão - que já dura dez anos - estão esquecidos dos antigos perigos. Porém, em breve, enfrentarão tempos de dor e agonia. Não há tempo a perder, pois o inverno está chegando...

"A Guerra dos Tronos" é o primeiro volume da série As Crônicas de Gelo e Fogo, e sua história gira em torno de três núcleos principais, com o ambiente, personagens e tramas diferentes. Embarque nessa viagem aos Sete Reinos de Westeros.

~~~*~~~

Durante séculos os Sete Reinos estiveram sob o domínio da antiga dinastia, da casa dos Targaryen, os Reis do Dragão. A família Targaryen governou tranquilamente até o reinado de Aerys II, "O Louco". Uma rebelião liderada por cavaleiros valentes e honrosos, Eddard Stark e Robert Baratheon, pôs fim à dinastia do dragão. Mas dois herdeiros do rei louco foram poupados e exilados, Viserys e Daenerys Targaryen. Robert Baratheon tomou o Trono de Ferro para si e, assim, foi o princípio de seu reinado.

Quinze anos depois da tomada do trono:

Ao norte dos Sete Reinos, Eddard Stark é o senhor de Winterfell, lugar onde viveram e jazem os Reis do Inverno. Eddard, também chamado de Ned, é um homem austero e nobre, esposo fiel e dedicado de Catelyn, pai de cinco filhos legítimos e um bastardo.
Seus filhos legítimos Robb, Sansa, Arya, Bran e Rickon Stark, além do bastardo Jon Snow tiveram seus caminhos cruzados por animais raros e temidos. Um dia, durante o cumprimento de seu dever como suserano de Winterfell, Eddard e seus filhos encontraram uma ninhada com seis filhotes de lobos gigantes órfãos. O selo da casa Stark é um lobo gigante cinzento, e assim, como se os filhotes estivessem predestinados a lhes pertencer, a ninhada foi adotada pelas crianças. Seis filhos....seis lobos, com seus destinos entrelaçados.
No mesmo dia, a notícia da morte de Jon Arryn, antigo amigo de Ned e "mão do rei" - braço direito do rei e segundo homem no comando do governo- marca o início de uma época sombria para a família Stark.
O rei Robert não é mais o homem que Ned conheceu, se tornou um beberrão irresponsável e influenciado pela rainha e sua família, os Lannister. Ninguém quer ter a família Lannister como inimiga, cavaleiros que não honram seus juramentos de fidelidade e que almejam ocupar o Trono de Ferro a qualquer custo.
A desconfiança de que Arryn fora assassinado e que a vida do rei Robert esteja em perigo leva Eddard a aceitar o chamado para ser a nova "Mão do Rei".
Na corte, Ned tenta descobrir quais os segredos que motivaram a morte de seu amigo e acaba envolvido em uma teia de intrigas e traição. Não há escrúpulos nem misericórdia, alguns são peões - manipulados e facilmente subjugados - outros não medem forças para o confronto.
Não há retorno. Os dados foram lançados..."Quando se joga o jogo dos tronos, ganha-se ou morre".

No extremo norte de Winterfell se encontra a enorme muralha de gelo, fora erguida para isolar e proteger os Sete Reinos contra as ameaças e perigos que se escondem na Floresta Assombrada. Construída há milhares de anos, a muralha é guardada pela Patrulha da Noite, formada por homens voluntários, bastardos e criminosos que aceitaram vestir o negro para protegê-la.
Catelyn se ressente de Jon Snow, ele é a lembrança permanente da traição de seu esposo, e não haverá lugar para o bastardo após a partida de Eddard para a corte. Então, Jon decide se juntar à Patrulha da Noite e vestir o negro. Após o juramento para se tornar um patrulheiro da muralha ele jamais poderá abandonar seu posto, a deserção é sentenciada com a morte. Mas o inverno está chegando e coisas estranhas começam a acontecer além da muralha. A honra e a coragem de Jon serão testadas e ele terá que tomar uma dolorosa decisão...honrar seu juramento ou sua família.

Além-mar, no exílio, vive a princesa Daenerys Targaryen - Filha da Tormenta - última descendente da casa do dragão, do rei deposto Aerys II, "O Louco". Aos treze anos foi vendida pelo irmão a Khal Drogo, líder de uma tribo de habilidosos cavaleiros e ferozes guerreiros. Ao contrário do que Dany imaginava, o casamento arranjado foi uma agradável surpresa e um amor sincero e profundo floresceu. Mesmo ao lado de seu bravo guerreiro, Daenarys não estava livre das armadilhas do destino. Seu caminho é marcado por tragédias, mas a filha da Tormenta é forte e valente. A dor e o sofrimento oferecem lições valorosas e Dany aprende depressa. Deixou de ser menina e se tornou mulher.
Daenerys não quer mais fugir de seu destino, sangue e fogo correm em suas veias, ela está decidida a atravessar o mar e lutar pelo trono que lhe é de direito. Chegou a hora do dragão despertar.

~~~*~~~

"A Guerra dos Tronos" possui uma trama extensa e complexa e foi impossível descrevê-la de forma mais resumida. Há tantas famílias e personagens envolvidos na história que se tornou inviável citar todos. Uma trama intrincada, onde o leitor é introduzido no universo dos jogos políticos e de sangrentas batalhas pelo poder.
Gerorge R. R . Martin nos leva por caminhos tortuosos em um romance cheio de intriga, traição, engodos, mentiras e inveja; mas que também traz amor, fidelidade, companheirismo, coragem e honra.
A Guerra dos Tronos é um épico extraordinário, uma história ambientada em uma era medieval mas com uma aura mítica e sobrenatural. Os leitores que acompanham o blog sabem o quanto eu sou fã dos épicos medievais, mas em A Guerra dos Tronos eu encontrei mais que castelos de pedra, armaduras brilhantes e espadas afiadas, eu encontrei magia, feitiços, seres fantásticos e personagens incríveis. Nesse primeiro volume da série os elementos de fantasia aparecem timidamente, porém está explicito que sua presença será mais marcante no próximo volume.

Os personagens, o ambiente, as batalhas e os diálogos são minuciosamente trabalhados e descritos, e conseguimos visualizar cada detalhe e sentir cada arrepio que autor planejou transmitir. A forma escolhida por G.R.R.M para narrar a história é surpreendente. Cada capítulo é dedicado a um personagem da trama, e assim, ele nos oferece uma abordagem sob vários pontos de vista.

Amei Eddard Stark, me apaixonei por Jon Snow, me diverti com Arya, odiei a rainha Cersei e o arrogante do príncipe Joffrey e me irritei com a inocência e estupidez de Sansa. Não posso deixar de falar nos lobos que acompanham os filhos do Lord Stark...são lindos, fieis e ferozes. Cada filho tem seu próprio lobo gigante e os animais parecem ser uma extensão dos personagens. Fizeram toda diferença na história e exerceram um fascínio indescritível sobre mim, sem os lobos, o livro não teria o mesmo colorido.

Porém, o desfecho é cruel. O livro termina exatamente no meio de toda ação, enquanto não há nada resolvido e a expectativa está incontrolável. Eu preciso da continuação imediatamente, meu sangue ainda está fervendo e eu não sei como apagar esse fogo!

Não tenho palavras para descrever o quão esse livro me conquistou. A Guerra dos Tronos provoca emoções profundas, eu nunca havia chorado de ódio...mas chorei. Em algumas cenas eu desejei esfolar alguém vivo. Sim...eu realmente fiquei irada!
Já deu para perceber que eu amei o livro? Quer um romance épico com um toque especial de fantasia? Então...não deixe de ler "A Guerra dos Tronos". Esse livro está ocupando um lugar especial no meu coração. Virou meu xodó.

Curiosidade: As Crônicas de Gelo e Fogo atualmente é composta por quatro livros e há a previsão de mais três títulos serem publicados.

1. A Game of Thrones A Guerra dos Tronos
2. A Clash of Kings – A Fúria dos Reis
3. A Storm of Swords – A tormenta de espadas
4. A Feast for Crows – O festim dos corvos
5. A Dance with the Dragons – Uma dança com dragões (não lançado ainda)
6. The winds of winter – Os ventos do inverno (não lançado ainda)
7. A Dream of Spring – Um sonho de primavera (não lançado ainda)

A série já virou tema de jogos e agora ganhará uma adaptação para a TV produzida pelo canal HBO que estreou agora em 2011.

Tirei daqui: Blog Lendo nas Entrelinhas
http://www.lendonasentrelinhas.com.br/2 ... elo-e.html

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Quarta-feira a noite, estava 'dormitando' na cama (meio dormindo e meio acordada), acabou o filme que eu estava vendo na HBO e passou o comercial da série Games of Thrones, acho que, como a temporada está acabando, eles fizeram um supercomercial com um monte de cenas de todos os episódios (CHEIO DE SPOILERS RS) - SUPER LEGAL - mas o que me chamou atenção mesmo foi a MÚSICA.

Eu amo quando alguma das bandas/músicos esquisistranhos que eu gosto aparecem assim, no mainstream, sabem? E desta vez escolheram............ DEAD CAN DANCE. Xodó absoluto!
As cenas correram ao som de 'Rakim' e foi de arrepiar!

J.R. Ward - Série Irmandade da Adaga Negra # 9 - Amante Libertada

AMANTE LIBERTADA (LOVER UNLEASHED)
J.R. Ward
Universo dos Livros
556 páginas
2012



Neste livro conhecemos a Payne, irmã gêmea do Vishous (ambos filhos da Virgem Escriba), Payne foi mantida aprisionada pela mãe, do Outro Lado, em estado de suspensão após um ato de rebeldia e violência. É um guerreiro em corpo de mulher, nada delicada como as Escolhidas, tem a força de um Irmão e gosta de lutar, é tosca, rude, totalmente inocente nas coisas do mundo e do amor. No final do sexto livro, após uma luta 'amigável' com um Wrath cego a usando para manter as técnicas de luta desenferrujadas (sem saber que lutava como uma mulher) ela é derrubada ao chão e quebra a coluna, ficando paralítica. Wrath roga à Virgem que permita que Payne venha para este lado para que tentem curá-la, consertar sua coluna, fazê-la voltar a andar. A Virgem permite - praticamente abrindo mão da filha - e é quando Jane, a shellan do Vishous, também conhecida como a médica-fantasma-permanente da irmandade, apela para seu antigo chefe e colega de medicina, o melhor cirurgião da atualidade, segundo ela: Dr. Manuel Manello.
Enquanto desabrocha o romance entre Manny e Payne, passamos pela sua recuperação (às custas da boa e velha 'sexual healing' tantas vezes recomendadas pelo finado Marvin Gaye) - indo da desesperança total diante de uma vida sem mobilidade ao incentivo que o interesse e as emoções despertadas pelo seu 'curandeiro' lhe causavam, ao mesmo tempo, vemos uma crise bravíssima no relacionamento do Vishous e Jane - começando com o ódio à mãe por ter escondido dele a existência de sua gêmea a um pacto de morte que a Payne forçou Jane a aceitar, vemos o irmão novamente imerso numa badtrip interna encarando seus traumas e amarguras, Blaylock enfim encontra um affair, Qhuinn só descobre-se potencialmente gay ao perder o amor e interesse do Blay e entrega-se a uma autocomiseração terrível de aguentar... apareceu um bando de vampiros degenerados sedentos de vingança contra o Rei Cego, dentro do qual, Xcor e Throe são os destaques... rumores falam de que não são tão degenerados assim... vamos ver as cenas do próximo capítulo.
É um livro legal, mas tá longe de ser o melhor. Virgem Escriba não dá o ar da graça e nem o Ômega.
Acho que eu esperava um pouquinho mais de uma "Irmã" da Adaga Negra...com tantas estórias paralelas, com tantos personagens novos, Manny e Payne se tornaram personagens secundários em seu próprio livro.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

J.R. Ward - Série Irmandade da Adaga Negra # 8 - Amante Meu

AMANTE MEU (LOVER MINE)
J.R. Ward
Universo dos Livros
606 páginas
2012

Neste livro mergulhamos na estória de John Matthews.
Ele aparece na série no segundo livro, como o pré-trans mudo a quem Mary ajuda e que logo em seguida é adotado pela Irmandade para treinamento, devido à sua pulseira de couro onde havia um nome gravado “Tehrror” no Idioma Antigo, o que o ligava definitivamente ao Irmão Darius.
Tomando-o por filho do Irmão falecido, Tohrment e Wellsie o levam para sua casa, e adotam-no como filho. No final do terceiro livro, Wellsie, grávida, morre no ataque lesser em represália ao resgate da Bella (numa cena emocionante e muito triste).Tohr, dilacerado pela dor, desaparece, permanecendo desaparecido até o sexto livro, quando é encontrado a beira da morte e loucura, vagando por um deserto, tentando morrer.

Depois que o Tohr desaparece, acompanhamos John por sua transição, vemo-lo virar um guerreiro forte e enorme, passando de um inocente garoto deslumbrado, fraco e raquítico, até um homem forte, cínico, cético, durão e em algumas vezes - sem alma. Temos nos livros posteriores varias inserções em sua infelicidade pelo desaparecimento do único pai que conheceu e pela perda da única mãe que teve desde que nasceu num banheiro de uma estação de ônibus onde foi abandonado.

John faz somente dois amigos no centro de treinamento, Blaylock e Qhuinn e um inimigo ferrenho: Lash. A determinada altura, Qhuinn, para defender John de uma situação perigosa onde Lash o colocara, bate tão forte em Lash que o mata. De alguma forma, descobrimos que o Lash era filho do Ômega com uma humana, quando ele morre, sua ‘essência volta ao pai, que o ressuscita como a encarnação de um mal inenarrável, tipo um 'lesser-with-lasers'.
Ele vira então o arquivilão no sexto, sétimo e neste oitavo livro. Uma praga, minha gente!

Neste livro se dá o romance entre John e Xhex. É lindo, é intenso, é doloroso. E como não podia deixar de ser, Lash a quer para ele, e quase a transforma em lesser quando a sequestra, embora nunca tenha havido uma lesser fêmea antes. Lash, como meio vampiro e meio lesser, precisava de uma fêmea igual para poder se alimentar.
Xhex é durona, quase assexuada, mas John lhe desperta algo que não consegue entender. Ao ler as suas fantasias na mente dele, se vê cada vez mais enredada na vida do silencioso guerreiro.

No decorrer deste livro, os capítulos dos dias atuais se entrelaçam com a vida de Darius, séculos atrás, quando salva da desgraça uma vampira civil que tinha sido seqüestrada por um sympath, estuprada e cuja família a renegou ao vê-la de volta, com um bebê sympath em seu ventre.
Darius e Tohrment (um garoto, na época recém-inserido na Irmandade) a acolhem e ajudam no processo de gravidez e parto, embora ela – de tão deprimida – já parecesse meio morta. Após o parto, ela se suicida na frente deles e eles ficam com a bebê.
Adivinhem quem é esta bebê?
Quem, quem, quem?
Nossa amiga Xhexania (cujo nome, inclusive foi Darius quem escolheu antes de entregá-la a uma família de vampiros bons para ser criada como filha - sem revelar que ela era meio sympath, claro.)
O nome é estranho, mas segundo o livro, no Idioma Antigo, Xhexania significa "abençoada"... suaviza um pouco, não?
*pausa para um Ahhhnnnnn enternecido*


E saber que John é Darius reencarnado, torna tudo tão mágico e lindo.

J.R. Ward - Série Irmandade da Adaga Negra # 7 - Amante Vingado

AMANTE VINGADO - LOVER AVENGED
J.R. Ward
Universo dos livros
720 páginas
2011



Chegamos no livro que conta a estória do meio-irmão da Bella, Rhevenge.
Ninguém sabe, mas ele é parte vampiro e parte sympath.
Os sympath são criaturas temidas porque alimentam-se das emoções de outras criaturas. Além de lerem pensamentos, infuenciam sadicamente as emoções dos outros cavando traumas e tristezas, para deleitarem-se com seus efeitos sobre a criatura e induzem-na a praticar atos alheios a sua vontade. São poderosos e também chamados de “devoradores de pecados”.
É dever de qualquer vampiro que saiba da existência de um sympath, que os denunciem para que sejam enviados à colônia, para viverem isolados do mundo. Revhenge, por ser sympath somente em parte, consegue manter esta sua metade sob controle injetando-se dopamina, o que faz dele um drogado em tempo integral.
Como membro da aristocracia, ele esconde a verdade da sua origem como forma de proteger sua mãe e irmã, mantendo-as em seu padrão social às custas de negócios escusos: ele é o maior traficante de drogas de Caldwell, e em seus clubes noturnos, vende tudo o que humanos e vampiros procuram: drogas e sexo. Tudo isto por baixo de um disfarce de honesto “homem de negócios”.
O segredo de Rhevenge é conhecido por uma chantagista. A princesa sympath, que há duas décadas, ameaça desmascará-lo. Ele compra seu silêncio com pedras preciosas e sexo, 1 vez por mês. As cenas de sexo entre eles são doentias, para se ter idéia, ela exerce uma estranha influência em escorpiões, então, antes de encontrá-lo, banha-se em veneno de escorpião, o que o deixava muito doente após o sexo.
Além de proteger a si mesmo e à sua família, Rhevenge submete-se à chantagem da princesa para proteger também à Xhex, uma sympath que trabalha com ele, como chefe de segurança em seu clube noturno ZeroSum, sua única cúmplice nesta vida isolada de sympath fingindo-se vampiro normal. Ao mesmo tempo que odiava a princesa sympath, evidentemente o aprisionava a esta relação também a possibilidade de 'ser ele mesmo' assumindo sua natureza pelo menos nesta única vez ao mês. Mesmo que isto custasse sua vida, ele continuaria fazendo pela obrigação e por este dúbio 'é ruim mas é bom', até que.......

Após um dos encontros odiosos com a princesa, Rhevenge procura a clínica do vampiro-médico Havers (irmão da Marissa, que já vimos nos livros anteriores) em busca de doses cavalares de dopamina e também de antídoto contra veneno de escorpião.
Ehlena é enfermeira na clínica de Havers. Como aristocrata decaída, ela vive em situação de extrema pobreza com seu pai, que é consumido pelo mal de Alzheimer e tem poucos momentos de lucidez.

O livro discorre sobre a aproximação dos dois, tendo como plano de fundo – como todos os outros – a luta contra os lessers, que mudaram de tática em busca de financiamento para seus negócios, invadindo o trafico de drogas em Caldwel, onde o Reverendo, ou Rehvenge vira alvo fácil também a eles.

Ehlena é luz, honesta, decente, pura, verdadeira. Rehvenge tem a si mesmo como um demônio que faz coisas indefensáveis, mas por meio de muitas omissões e um mínimo de mentiras, ele consegue se aproximar dela até que ela se apaixone, mas quando vem à tona o que ele é e o que ele faz – da pior maneira possível: a princesa sympath, enciumada ao perceber a ameaça que Ehlena era para sua 'relação', a aborda e derrama sobre ela toda a verdade - eles se separam.

Rehvenge parte então numa missão suicida buscando vingança contra a princesa que tinha tirado dele a única coisa que amou na vida.

J.R. Ward - Série Irmandade da Adaga Negra # 6.1 – Guia oficial da série

COMPÊNDIO - GUIA OFICIAL DA SÉRIE
J.R. Ward
Universo do Livros
512 páginas
2011

Bom, este é um livro entre os livros.
Uma deliciosa pausa na intensidade da estória da irmandade, um livro de curiosidades, cenas cortadas e brincadeiras que me divertiu MUITO.

Eu dividiria este livro em 3 partes, embora elas se misturem um pouco:

Na primeira, a autora discorre um pouco sobre seu processo criativo, sobre a profissão de escritor, propriamente dito. Fala de sua rotina, de quantas horas escreve por dia, das revisões e adaptações, do contato com agentes, editores e editoras grandes ou independentes. Dá algumas dicas bacanas para quem pena em publicar um livro ou quer seguir a escrita como profissão. A que me soou mais incrível delas foi “não tenha internet instalada no computador onde trabalha” parece tão óbvio, mas não é o cúmulo da disciplina e óbvio como força de vontade, não se permitir distrações durante o trabalho? Em toda esta parte ela usa um tom muito amigável, nada professoral, expondo suas experiências e não querendo só dar receita de bolo. Uma coisa ótima foram os capítulos em que ela descreveu o processo de criação da Irmandade. Mentira ou não, ela disse que tudo lhe veio em sonhos. Tudo, os irmãos, os termos, os nomes, tudo, tudo, tudo, ela só teve de passar para o papel. Incrível!
Através deste livro eu fiquei sabendo que ela escreve sob outro nome para aquelas coleções de romances de banca de jornal, lá eles chamam de “Harlequin”, para a gente seriam os famosos “Júlia, Bianca e Sabrina”. Bom, as cenas de romance tórridas não podiam ser mera coincidência, não é mesmo?

A segunda parte foram as cenas eliminadas... Alguns capítulos que, por conta de tamanho, tiveram de ser eliminados dos livros originais, mas que – em sua opinião eram tão relevantes que mereciam vir à luz. Nesta parte temos uma estória curta do Zsadist, pós Bela.
No final do terceiro livro, ela se descobre grávida. No início desta estória curta, sua bebê, Nalla nasce após um parto dificílimo ao qual ela quase não sobrevive, e eles passam por um comovente período de depressão pós-parto, em cerca de 80 páginas são mostradas as mudanças na vida do casal, período em que algumas características e traumas do Z vêm a tona e tornam a convivência do casal quase insuportável. É linda, eu amei voltar a ler sobre eles.
Outra das estórias é sobre o Wrath em sua frustração pós assumir o trono da raça. Como rei, ele não pode expor-se as lutas, então ele vira uma figura burocrática e isto o entristece e enfraquece. Outra das estórias é do Butch. E outra do Phury e Cormia, com um “cinco anos depois....” onde os dois aparecem felizes, com um filhinho chamado Aghony, cheguei a simpatizar mais com eles depois deste epílogo, mas ainda acho-os insossos demais, e me surpreendeu na comunidade do Orkut ver que muitas das ‘daggersisters’ o tem como irmão favorito. Confesso que a impressão que ficou pós Bela é que Cormia para ele era apenas um prêmio de consolação já que ele não conseguiria ter a fêmea que realmente amava: a shellan de seu irmão.

A terceira parte... é simplesmente hilária.
A autora criou um fórum virtual para entrar em contato com os fãs e no passar do tempo neste fórum, os irmãos faziam algumas aparições virtuais, durante o processo de criação das estórias.
A autora então nos mostra algumas das melhores participações. Tem uma 'entrevista' com cada irmão. Então vemos o lado brincalhão do Rhage zoando com o Vishous, por exemplo, respondendo metade da enquete por ele (Qual o seu hobby? Tricô. O que mais te excita? Vestir as calcinhas da minha shellan)... e a posterior vingança, quando Vishous imobiliza o Rhage e raspa uma de suas sobrancelhas). Tem muita coisa engraçada, como ‘o dia dos namorados da Irmandade’.
Algumas cenas onde a autora descreve como os irmãos apareciam a ela, como se fossem reais. Sei lá se é puro marketing, mas ela realmente parece apaixonada pelo que escreve, e isto acaba contagiando a gente...

J.R. Ward - Série Irmandade da Adaga Negra # 6 - Amante Consagrado

AMANTE CONSAGRADO (LOVER ENSHRINED)
J.R. WARD
Universo dos Livros
552 páginas
2011



Bom, devo confessar (um tanto infantilmente) que “Phury” me lembra “fluffy” já tomei birra daí.Pra mim a autora devia ter usado Fury mesmo pro nome do guerreiro que tem muito mais peso e 'fúria' do que este ‘ph’ de ‘pharmácia’ que soa como um gato gordo ronronando.

Neste sexto livro mergulhamos na estória do Phury, irmão gêmeo do Zsadist. Revivemos sua busca pelo irmão, temos o seu ponto de vista da situação mostrando como sua família foi destruída pelo seqüestro do bebê, como seus pais praticamente vegetaram após a perda do filho, e o como sua própria vida foi modificada depois que tomou para si o manto de herói mártir para consertar as coisas, o quanto se sentia culpado por não ter sido ele a sofrer tudo o que o irmão sofreu. Isto o tornou super protetor com o Z deixando sua vida de lado para procurar compensar o irmão (embora este nunca o tenha pedido).
Phury é um guerreiro bonito, com cabelos multicoloridos e compridos, que perdeu parte da perna durante o resgate de Z (numa cena muito comovente) e usa uma prótese. Vemos no terceiro livro quando acontece a redenção/recuperação de Z por causa da Bella, que Phury, até então celibatário, se apaixona pela fêmea, sofrendo muito por este sentimento proibido, já que nunca tiraria nada do irmão (não que Bela tenha alguma vez acenado a ele com esta possibilidade, desde o início para ela, só existia Z).

É um livro intenso, dada a profundidade e complexidade do dilema interno de Phury e seu vício por uma droga suave que eles chamam no livro de “fumaça vermelha”, que toda a Irmandade (exceto Z) consome esporadicamente, mas o leva até o fundo do poço no vício, chegando a evoluir para heroína. Aliás, no final do livro, ele recorre a reuniões humanas de Narcóticos Anônimos para aprender a viver com o vício, por mais insólito que possa parecer.

No decorrer do livro assumindo seu posto de Primale diante das Escolhidas, ele conhece a rebelde Escolhida Cormia e após MUITA enrolação e um romancezinho meia-boca eles ficam juntos, com ele dando um nó na Virgem Escriba para mudar as regras do jogo permitindo que ele permaneça como Primale, mas fiel somente a uma das Escolhidas (Cormia) e que às outras, cuja função é procriar para eternizar a espécie seja permitido que vivam (as que assim quisessem se rebelar como sua shellan uma vez o tinha feito) neste lado e escolherem elas mesmas seus machos para procriarem.
Neste ponto percebemos que a Virgem Escriba passa de uma entidade vigorosa, cruel e extremamente inflexível que era no primeiro livro – a ponto do Wrath tremer diante dela, aquela que amaldiçoou um filho que dizia amar (Rhage) com uma besta interior só porque ele ousou matar uma de suas corujas – para uma divindade decorativa, manipulável, fraca... Muito estranho (e isso vai ficando cada vez mais evidente nos outros livros). Dá meio aquela sensação que temos de que “Deus” saiu de férias, dado a quantidade de coisas injustas e inexplicáveis acontecendo aqui embaixo...

Eu achei fraquinho este livro... vale ler pela relevância dos acontecimentos e para compreensão dos próximos, mas não esperem demais. Dada a intensidade do amor platônico do Phury pela Bella, sua capitulação por Cormia, fica com um gosto tão amargo de prêmio de consolação, que tira muito do brilho do que poderia ser uma estória linda.

J.R. Ward - Série Irmandade da Adaga Negra # 5 - Amante Liberto

AMANTE LIBERTO (LOVER UNBOUND)
J.R. Ward
Universo dos Livros
525 páginas
2011


Bom... Eu adorei o quinto livro.
Não sei se porque eu achei o casalzinho Butch e Marissa fraquíssimos, a estória do Vishous pra mim foi ótima. Ele é um personagem muito controverso, com um passado quase tão pesado quanto o do Zsadist, o que o levou a desenvolver fortes tendências BDSM, a ponto de ter uma câmara de tortura em sua cobertura na rua Commodore. Sua única maneira de encontrar prazer (ainda que um prazer vazio venhamos e convenhamos) é subjugando vampiros e vampiras que se submetem com prazer à sua dominação. A maldição de V. é ter uma das mãos com um brilho sobrenatural, com o poder destrutivo de uma bomba atômica, por iso ele usa o tempo inteiro uma luva forrada de chumbo para neutralizar seus efeitos. Usa cavanhaque e tem parte do rosto e a mão 'ruim' tatuados com avisos no Idioma Antigo, seus olhos são brancos, como diamantes, bordeados de azul marinho.
Após uma noite de luta com os lessers, acontece algo errado, muito ferido com uma bala no coração, V. é levado a um hospital humano. A dra. Jane Whitcomb é quem faz uma cirurgia e o salva.
Ainda anestesiado e em recuperação, após um daqueles deliciosos e inexplicáveis momentos de “Minha” seguido pelo rugido do macho vinculado e o arreganhar das presas, ele ordena que a levem junto quando a Irmandade invade o hospital para resgatá-lo.
Vishous não sabe porque, mas algo naquela doutora desperta sentimentos em si, um instinto de posse e uma necessidade de estar perto dela, não consegue deixar o hospital sem ela e leva-a junto para a mansão da irmandade, querendo entender o que acontece, intencionando liberá-la em breve após apagar sua mente.

Assim como o livro do Z, os capítulos se intercalam entre presente e passado de Vishous BloodLetter, desde a infância e também é emocionante e doloroso acompanhar o crescimento dele, e no processo, muito do seu 'eu' atual se explica.
A descrição do cativeiro da Jane e da difícil aproximação deles é fantástica. Jane é solitária, porém destemida. A paixão dela pela medicina e genética desperta fascinada ao tomar contato com uma raça diferente, com tal poder de regeneração e cura. Apesar de uma humana ‘normal’, ela é ousada e curiosa, há uma cena maravilhosa entre eles, quando um pouco antes de se separarem Vishous a leva à sua cobertura e mostra o quão anormal ele é, dando-lhe a prova suprema do amor dele: pela primeira vez ele abandona a posição de dom, para ser sub. E o negócio pega fogo! Em certa altura, há a revelação de que ele é filho legítimo da Virgem Escriba, a mãe da raça (daí sua mão brilhante, em essência, a mesma substância que - em maior grau - reside nela), e a ele está designada a função de Primale, que é o macho responsável por procriar com as Escolhidas, no Outro Lado. Pra mó di purificar a raça e engrossar as fileiras de guerreiros valorosos na luta da Irmandade contra os lessers. Ele seria um tipo meio bizarro de 'abelho rainho'

Se já era difícil para ele tomar a humana como sua shellan, depois desta então, se torna impossível. Ainda mais ele, que tem dificuldades com o bom e velho sexo por motivos exclusivamente procriativos.... Bom, muita água escorre da ponte. E após muitos momentos de depressão pré-suicida de todos os lados, Phury, num ímpeto de mártir e para esconder a frustração por amar a shellan de seu gêmeo, assume para si o 'cruel encargo' de dar conta das Escolhidas no Outro Lado e Vishous então é liberado para ficar com sua humana.
Mas aí ela morre. E esta cena é muito triste, lembro que li no ônibus e as lágrimas escorriam...


E então, não mais que de repente, a autora peida no fubá... Jane morre, mas devido ao pedido desesperado de seu filho Vishous, a Virgem Escriba intercede junto ao Pai para que de alguma forma eles possam ficar juntos e Jane volta... como um fantasma (porque cada concessão dos deuses implica em um sacrifício, e nada vem de graça).
Ah? O que? Sim, vocês leram certo...
Um vampiro e uma fantasma. *uma pausa para engolir a seco*
É... a maior reclamação dos leitores quanto a este livro é justamente a inverossimilhança disto tudo... 
A autora tenta consertar, mostrando como o poder da mão brilhante de Vishous é a única coisa que faz com que Jane fique trangível, ou seja, enquanto com ele, ela é uma pessoa de ‘carne e osso’, embora sem a força da mão dele, seja incorpórea a menos que se concentre muito. Mostra eles no after, sendo felizes e vivendo normalmente, ela se torna a médica oficial da Irmandade (e a Virgem sabe que eles precisam muito de um médico residente, já que toda a noite de luta rende muitos machucados, ossos quebrados e tudo o mais).
Mas venhamos e convenhamos... Fantasma?
Difícil de engolir.
Só perdôo porque o livro, no geral, é muito bom.

** curioso é que a autora, no Guia dos entendidos (livro 6,1) diz que ficou surpresa com a falta de receptividade dos leitores quanto a este desenlace. Para ela era tão normal e todo mundo chiou – rsrsrsrsrs. Escritores... sempre incompreeendidos!

J.R. Ward - Série Irmandade da Adaga Negra # 4 - Amante Revelado

AMANTE REVELADO (Lover Revealed)
J.R. Ward
Universo do Livros
495 páginas
2010



O quarto livro trata da estória de Butch O’Neal.
Desde o primeiro livro, quando invadiu a mansão da Irmandade, todo pimpão querendo defender a Beth daquele sujeito perigoso, com cara de traficante de drogas (ou coisa pior), peitando de forma suicida aquela gangue mal-encarada, ele conquistou um espaço dentro a Irmandade. De início, a atenção de todos estava voltada para Beth e sua transição, como o policial se recusava a sair dali, foi-lhe permitido ir ficando até decidirem o que fazer com ele. Com o agravante óbvio de que, sabendo tudo o que sabia, se deixassem ele voltar ao mundo real, ele teria de ser morto, evidentemente.

Butch levava uma vida vazia e não tinha nada para ele aqui no mundo real, e quando conhece Marissa, a ex-shellan do Wrath (a que ele largou quando conheceu Beth), percebe que não teria porque voltar ao mundo dito 'real'.

O livro discorre sobre o romance dos dois. Amplamente dificultado pelo fato óbvio de ela ser uma vampira e ele um humano. Ela é virgem, intocada, pois Wrath só a usou, durante os 3 séculos, para alimentação, nunca para sexo, apesar das esperanças românticas que ela tinha pelo Rei da raça, de que um dia despertaria para amá-la. Butch é um cético, dado a romances passageiros e sórdidos.
Marissa muda sua vida, e ele muda a dela. Devido às reviravoltas que só a ficção permite, em dado momento, descobrem que Butch traz o gene vampírico (fruto de uma pulada de cerca de sua mãe hoje senil, com um vampirão anônimo, que ninguém faz a menor idéia quem seja ou que fim levou) e após uma sessão de macumbaria, Vishous consegue ativar o vampiro nele e então ele vira um Irmão de verdade, Dhestroyer passa a ser seu nome guerreiro e descobre-se que ele é a personificação de uma antiga lenda de um guerreiro que apareceria para destruir o Ômega nas velhas escrituras (Ok, eu também achei meio forçado). De fato, depois da transição, ele desenvolve uma capacidade de luta incrível, sendo o único que consegue realmente destruir os lessers sem que eles voltem ao Ômega como voltam quando mortos por qualquer outro dos Irmãos. Ainda assim, sendo mestiço, ele não tem alguns poderes, como por exemplo, o de desmaterializar-se.

Algumas reviravoltas são narradas neste quarto livro, confesso que da série, eu achei um dos mais fraquinhos (só não perde para o sexto, o livro do Phury *bocejo*). 

Há uma insinuação de atração homossexual do Vishous pelo Butch, que chega a pegar fogo, mas tudo muito velado e dicutido à exaustão pelas fãs em fóruns e grupos, fato é que, depois que Marissa aparece na vida de Butch, ele não tem olhos para mais nada. Vishous no entanto, fica bastante enciumado, não dá pra entender se por perder a amizade ou se rola mesmo este lance homo entre os dois.

J.R. Ward - Série Irmandade da Adaga Negra #3 - Amante Desperto

AMANTE DESPERTO (LOVER AWAKENED)
J. R. Ward
Universo do Livros
464 páginas
2010




Ninguém conseguia entender porque o seqüestro da civil importava tanto a Zsadist. Após o acontecido, ele se tornou ainda mais recluso, ainda mais cruel com os lessers que capturava, abordando-os sempre com a pergunta “O que fizeram com a fêmea?” seguido de uma crueldade excessiva à repostas negativas ou falta delas.
Era de consenso geral de que, a esta altura - 4 semanas após o seqüestro - Bella já estaria morta.  A Irmandade se mobilizava para encontrar-lhe o corpo para devolvê-lo à família, seu irmão Rehvenge, membro da glymera - exigia uma conclusão do caso. E interessava à Irmandade compreender o que aconteceu, também pelo fato de que a civil sabia muito sobre eles, e era necessário averiguar o que ela poderia ter revelado.
Z travou uma batalha insana e obsessiva na vingança pela morte dela. Depois do começo acidentado dos dois, ele cercou-se de suas coisas, buscando seu cheiro e sua lembrança nos objetos na casa dela, a qual arrumou e conservou como um devoto em um santuário.

Neste livro alternam-se capítulos entre o passado e o presente, e o que vemos é o passado de Zsadist como escravo de sangue.
Ele foi seqüestrado, separado de seu gêmeo e família, aos três meses de idade por uma babá e quando ela morreu dois anos depois, foi vendido como escravo, crescendo como servo de cozinha. Logo após sua transição, foi comprado pela Ama para ser seu escravo de sangue - com o bônus de escravo também sexual - dela e seus súditos. Através das páginas vemos diversas atrocidades acontecendo com ele.
As cenas são tão vívidas e comoventes que eu chorei em várias partes. Capítulo a capítulo passado e presente se alternam e tudo é mostrado, como ela aniquila seu corpo, sua mente e suas emoções e tudo o que ele é atualmente, é explicado e perdoado por conta destas experiências. Passou cem anos como escravo, até que Phury, o gêmeo que permanecera na família o encontra após décadas de busca e o resgata, só que então ele já estava destruído, louco.

Bella foi seqüestrada pelo lesser Sr. O, por conta da semelhança física com sua falecida esposa (a quem ele matou, por sinal). O cara é psicótico, e  alterna momentos de idolatria com violência extrema, que ofusca todo o seu interesse na destruição da Irmandade em si, que aos olhos do Ômega deveria ser seu principal objetivo.
Mantém-na num local ermo, escondida de seus próprios comparsas que não aceitariam uma vampira como companheira de um lesser. Durante seu cativeiro, Bella sente que somente Zsadist teria força para resgatá-la deste lesser, nenhum outro Irmão conseguiria, mas duvida que ele se dê ao trabalho, por causa de seu início desastroso, do nojo inexplicável que ele teve dela. Os dias se passam sem notícias e ela sente que deixaram de lembrar dela, sente que ele a odeia e que não se daria ao trabalho de cogitar se ela estava viva ou morta.
A tática lesser é seqüestrar vampiros civis para interrogá-los em busca de informações sobre a Irmandade e em dado momento do cativeiro, Bella ajuda a um desses vampiros civis escapar, tendo de lidar sozinha com toda a fúria do sr. O, que a deixa a beira da morte. O civil, sabendo que a Irmandade procura por ela, passa as coordenadas para encontrá-la.
A Irmandade monta uma operação de resgate e Zsadist, alucinado, consegue salvá-la. Incompreensivelmente para os outros Irmãos, assume uma atitude possessiva por ela, a ponto de não deixar o médico se aproximar para examiná-la. Bella está muito machucada, e em meio a sua dor, só o que pode ansiar é pela força de Z.

(...)
— Esquece. O médico verá a ela aqui. E, ninguém vai tocar nela sem minha permissão ou sem que eu esteja presente. — quando olhou para cima, seus irmãos, Wrath e Phury pareciam totalmente confusos — Pelo amor de Cristo, querem que o diga no Idioma Antigo no caso de ambos terem esquecido como falar português? Não vai a nenhum lugar.
Com uma maldição, Wrath abriu seu celular e falou rápida e firmemente.
Quando o fechou, disse:
— Fritz já está na cidade, e vai recolher o doutor. Chegarão aqui em vinte minutos.
Z assentiu e olhou as pálpebras costuradas de Bella. Desejava ser o responsável por vingar-se daqueles que fizeram isso com ela. Desejava que ela se sentisse aliviada agora. Oh, Deus... Como devia ter sofrido.
Deu-se conta de que Phury se aproximou, e não gostou que seu irmão se ajoelhasse.
O instinto de Z era de fazer uma barricada diante do corpo de Bella com o seu próprio, evitando que seu gêmeo, Wrath, o doutor, ou qualquer macho pudesse vê-la. Não entendia esse impulso, não sabia a origem, mas era tão forte que quase se lançou no pescoço de Phury.
E, então seu gêmeo estirou a mão para lhe tocar o tornozelo. Os lábios de Z se retiraram para mostrar as presas, lhe saindo um grunhido da garganta.
A cabeça de Phury se elevou rapidamente.
— Por que está agindo assim?
Ela é minha, pensou Z.
Mas, no instante que lhe chegou essa convicção, afastou-se. Que demônios estava fazendo?
— Está ferida. — murmurou — Só não se meta com ela, ok? (...)

O livro discorre sobre a aproximação entre Bella e Zsadist, que é muito difícil, muito dolorosa, mas também encantadora, a gente mergulha na louca vingança que ele planeja contra o lesser que a maltratou. Há algumas cenas maravilhosas. Descrições vívidas dos sentimentos de ambos, bem como dos impedimentos, das brigas, das separações e de como ele vai mudando, mudando, mudando...

Confesso que me apaixonei um pouco pelo Z. De todos os irmãos, ele foi o que eu mais gostei. Foi o único que me apareceu em sonhos. (Até o quinto livro, quando sonhei com o Vishous) ;-)

J.R. Ward - Série Irmandade da Adaga Negra #2 - Amante Eterno

AMANTE ETERNO (LOVER ETERNAL)
J.R. Ward
Universo dos Livros
448 páginas
2010



Este segundo livro trata da estória do Rhage, o mais forte dos irmãos (e o mais engraçado também). Seu apelido é Hollywood devido à sua beleza cinematográfica (segundo a descrição do livro, Brad Pitt a seu lado seria chamado de Patinho Feio).
Rhage foi amaldiçoado pela Virgem Escriba depois de um lamentável erro cometido num momento de fúria intempestiva: sua maldição é carregar dentro de si uma besta que é libertada em momentos de fúria, medo ou descontrole. É ele perder as estribeiras e o seu Godzilla interno, devastador e mortal destrói tudo a sua volta. Na luta contra os lessers, é uma arma poderosa, a frustração é que, quando tudo sai do controle, ele pode destruir não só os inimigos, mas também os amigos e é isso que o atormenta e a todos ao seu redor. Rhage convive com a presença da besta o tempo inteiro, como um zumbido incômodo dentro de si, um chamado constante, lhe lembrando sua maldição. Só o que mantém a besta num nível suportável é a luta e o sexo. Rhage abusa dos dois, como um viciado sem controle.

Mary Luce é uma humana que sofre. Solitária, mediana, trabalhava com crianças autistas antes de iniciar sua batalha contra a leucemia, que lhe consumiu a saúde, tempo e parte de sua paixão pela vida. Quando jovem, viu sua mãe morrer desta mesma doença, uma morte feia, dolorosa, e seu maior receio era passar pelo que ela passou e morrer sozinha, ao que tudo indica, é exatemante o que lhe acontecerá, o destino é uma cadela cruel... depois de deixar de trabalhar com as crianças, passou a ocupar seu tempo com trabalho voluntário, como atendente de uma espécie de CVV como forma de manter a cabeça ocupada e o nível de humanidade e carga emocional controlado: enquanto ocupava-se do problema de outras pessoas, conseguia deixar os seus de lado.
Por meio deste trabalho John Matthews, um rapaz órfão, franzino, mudo e assustadiço, chega até ela. Uma noite, a segue com sua bicicleta até sua casa, observando-a a distância, como que para protegê-la. Condoída pela situação do rapaz chama-o para ficar com ela por um tempo, falando com ele, através da linguagem de sinais.
Ela não sabe que sua vizinha Bella é uma vampira, e nesta noite, Bella nota algo diferente em John. Ele carrega uma pulseira de couro, onde há um nome guerreiro escrito no Idioma Antigo, e ela então o identifica como um pré-trans (um humano que em breve se transformará em vampiro), por causa da pulseira, ela informa Irmandade e consegue um encontro deles com John, fingindo ao garoto que a visita era para conseguir-lhe uma bolsa de estudos em artes marciais (assunto pelo qual é fanático) mas na verdade, o intuito é conseguir-lhe a ajuda que necessitará em sua transição.

Mary é levada junto, como intérprete e nesta primeira visita dos três à fortaleza, num momento sozinha, no corredor, ela encontra Rhage.
Rhage não sabe o motivo, mas o som da voz daquela humana frágil e doente parece ser o único antídoto para sua besta, e ao primeiro som daquela voz musical e hesitante, pela primeira vez em décadas, o zumbido constante do seu monstro é abafado, e ele parece encontrar seu caminho para a paz.
No entanto, Mary traz seus próprios demônios dentro de si, e a sentença de morte que a leucemia significa para o seu corpo humano além do entrave mental que impõe ao seu lado emocional, será o monstro mais letal que Rhage terá de combater, se quiser ter a humana ao seu lado.

O segundo livro é basicamente a estória de Rhage e Mary, aliás, Rhage, Mary e a Besta (uh-la-la, que ménage!), mas há a inserção do apaixonante tema do terceiro livro, que se tratará de Zsadist e Bella, que devo admitir, é meu livro favorito de toda a série: 

Na mesma ocasião do primeiro encontro de Rhage e Mary, Bella entra inadvertidamente na sala de treinamento da Irmandade e se depara com o ameaçador Zsadist, todo fúria e concentração, esmurrando um saco de pugilista. Ele não fica nada feliz ao ser interrompido por ela, se aproximando ameaçadoramente com uma adaga na mão, e Phury intervém avisando-a para manter-se longe de seu perigoso gêmeo, antes que ele a machuque.
Quase no final deste segundo livro, Bella, em nova visita à mansão da Irmandade, não consegue tirar Zsadist da cabeça. Desde o primeiro e inadvertido encontro, ouviu rumores assustadores sobre ele: que só se alimenta de sangue humano, que mata por prazer as fêmeas da espécie, é louco e aqueles ameaçadores olhos negros como a noite a atormentam e atraem. Ele possui uma grande cicatriz que cruza seu rosto lhe dá uma aparência mortal, deformando desde a sobrancelha até seu lábio superior que nunca sorri, maculando um rosto que – de outra forma e tomando por base seu gêmeo Phury, seria bonito. Ao contrário do gêmeo de cabelos espetaculares, mantém os seus raspados.
Bella é uma vampira da glymera – aristocracia vampírica – contra a qual se rebelou há alguns anos e tem dentro de si ímpeto e ousadia suficiente para se atrever a sentir-se atraída pelo perigo que Zsadist representa.
Z não entende porque a vampira grã-fina insiste em encará-lo o tempo inteiro, não prestando atenção em mais nada a seu redor, só quer ser deixado sozinho, morto, perdido em seu ódio. Tenta de todas as maneiras se livrar dela, direcionando o interesse dela para seu irmão celibatário a quem é evidente que ela atraiu, já que este não desgrudava os olhos de cima dela.
Em determinada altura, após ele literalmente ter de mandar ela parar de encará-loe deixar em paz, ela o segue teimosa até seu quarto, sem ele perceber.
Quando a vê entrando em seu quarto, ele a puxa ameaçadoramente e zomba do interesse que ela demonstra, prende ela contra a parede e acaricia seu corpo dura e cruelmente, disposto a assustá-la um pouco, mandá-la embora de modo que ela fique com tanto medo que jamais volte. Após afundar o dedo em sob suas calcinhas, retrai-se chocado e afasta-a com um incompreensível “vá embora, você me deixa doente”.
Bella se recompõe rapidamente e sai do quarto, Z corre para o banheiro, e vomita, trêmulo e chocado com a comprovação de que ela não estava so brincando de provocá-lo, ela realmente o desejava. O líquido sedoso em seus dedos provavam isso. Nunca mulher alguma tinha estado molhada para ele, desde a Ama, e ela não tinha sido uma referência boa.
Vomita em espasmos incontroláveis, tentando se livrar do cheiro dela, da lembrança de sua suavidade e do modo cruel como a expulsou.

Bella não agüenta, volta para dizer poucas e boas para aquele imbecil, para gritar com ele.
Ao entrar no quarto e vê-lo pela porta entreaberta do banheiro, sem camisa, curvado à beira do vaso, dá um passo para trás, angustiada com as marcas de açoite que ele trazia nas costas. O sujeito tinha o corpo inteiro marcado por feias cicatrizes, além de tatuagens de escravo de sangue: largas faixas pretas ao redor do pescoço e pulsos.

(...)
- Porra, porque está outra vez no meu quarto? – grita ele se encolhendo num canto do banheiro.
- Eu vim para gritar com você. – responde sem pensar  - Pensei que era só modo de dizer, não imaginei que te deixava doente de verdade.
A situação em que ele se encontrava desperta nela algo mais do que curiosidade e atração pelo perigo, ele parece realmente doente, e ela estende a mão para tocá-lo, com... carinho e conforto.
- Não me toque. Não posso... não posso suportar ser tocado, certo? Dói.
- Por quê? - Disse ela suavemente. - Por que lhe…
- Porra, saia daqui por favor. - Quase não podia pronunciar as palavras. - Estou a ponto de destruir algo. E não quero que seja você. (...)
Bella se lembra do que Phury disse a respeito de seu gêmeo... algo sobre ele não poder ser consertado, pois não estava quebrado. Ele estava destruído.
Confusa com a tempestade que se desencadeia nos olhos escuros dele, ela se vai.

Mais para o final de Amante Eterno, Bella é seqüestrada pelos lessers, numa emocionante e maravilhosa ponta para o terceiro livro.
Zsadist mergulha então numa busca obsessiva por vingar sua morte.

J.R. Ward - Série Irmandade da Adaga Negra #1 - Amante Sombrio


AMANTE SOMBRIO (Dark Lover)
J.R. Ward
448 páginas
Universo dos Livros
2009


Início da série, dá uma ambientada introduzindo os personagens e conceitos da autora sobre o mundo vampírico:

- Seus vampiros são uma espécie de mutação genética.
- Os que nascem vampiros são "normais" até o período de transição: que se dá por volta dos 25 anos, além disto não é posível transformar alguém 100% humano em vampiro, seja através de mordida ou compartilhamento de sangue.
- Vampiros não precisam se alimentar de humanos: eles se alimentam de outros da mesma espécie - vampiros machos se alimentam de vampiras fêmeas, e vice-versa. O sangue humano é fraco e insuficiente para saciá-los, muito menos mantê-los vivos.
- Não podem sair ao sol. 
- Podem ser feridos e podem ser mortos, mas ao receberem ferimentos não-mortais, curam-se rapidamente.
- Comem também alimentos normais, mas não necessitam deles para sobreviver.
- Seu organismo funciona da mesma forma que os humanos: sangram, tem calor, seus corações batem, usam o banheiro, fazem sexo e reproduzem-se (embora a gravidez seja uma grande preocupação para um casal emparelhado, são raras as que são levadas a termo apropriadamente, e a taxa de mortalidade de mãe e bebê é muito grande).
- Estão em constante luta contra a Sociedade Lessening, criada especificamente para destruir a raça vampírica. Os lessers são humanos tocados pelo Ômega (espécie de deus do mal) transformados em seres sem alma, com um único objetivo: caçar e eliminar os vampiros.

Dentro da raça vampírica existe a Irmandade da Adaga Negra, composta por  vampiros poderosos, de linhagem ‘pura’ que combatem a ameaça lesser noite após noite. E existem os vampiros ‘civis’, que não tomam parte nesta guerra contra os lessers.

Neste primeiro livro, o Irmão Darius sofre um atentado. Antes de morrer, pede para Wrath que cuide da filha que teve com uma mulher humana, com quem não tem contato, pois sua fase de transição se aproxima, e da qual ela não faz a menor idéia. Wrath não quer, não tem tempo para cuidar de humanos frágeis e não se interessa se a fêmea sobrevive ou não, simplesmente não tem tempo para perder na luta contra os lessers, em sua busca pessoal de vingança pela morte de seus pais. No entanto, quando Darius morre, o dever fala mais alto e ele decide – em nome da amizade com o Irmão – atender a seu pedido, embora seja uma puta chateação para si, já não bastasse a obrigação de sangue aclamá-lo como Rei da Raça – cargo que ele refuta terminantemente – ainda tem de dar uma de babá para uma humana desconhecida.
Beth Randall é uma humana normal, presa em um emprego em um jornal da cidade, do qual não obtém realização ou prazer. Órfã, vive sozinha com seu gato, e tem uma dificuldade enorme de se relacionar ou confiar em alguém. No início do livro, sofre uma tentativa de estupro (uma cena pra lá de tensa) da qual consegue se livrar e conta com o detetive Butch O’Neal do departamento de polícia de Caldwell para ajudá-la a localizar e prender seu atacante. Butch é calado, solitário e tem um grande trauma em seu passado: aos 12 anos de idade, sua irmã foi raptada a sua frente e não pôde fazer nada para ajudá-la, seu corpo foi encontrado alguns dias depois e isto foi o que o fez crescer para virar um policial durão.
Wrath se aproxima de Beth, sem saber ao certo o que lhe dizer.
“Oi, eu sou um vampiro, e adivinha?, você se tornará uma também, daqui a alguns dias... Minha veia está à sua disposição”. E cumpre sua tarefa a contragosto. Porém, ao se aproximar da bela morena, vulnerável e inconsciente de todas as mudanças que acontecerão em seu futuro, inconsciente de seu passado e de tudo o que acontece além de sua vidinha meia-boca, ele não consegue evitar a atração.

O romance entre eles é explosivo e há uma evolução adorável das personagens e suas dificuldades de relacionamento, suas feridas, sempre com a batalha contra os lessers estourando ao fundo.

A autora aplica a técnica de pontos de vista diversos, então a cada capítulo, temos um ângulo diferente da estória. Permitindo uma compreensão ampla de tudo o que acontece, sem mal-entendidos ou situações vagas. Vemos o romance entre os dois evoluir pelo ponto de vista do macho Wrath, vemos o romance pelo ponto de vista da fêmea Beth, temos até o ponto de vista dos vilões o que torna tudo muito dinâmico.

A estória termina com Darius, no Fade (espécie de paraíso), regateando com a Virgem Escriba (mãe da espécie, um tipo de deusa do bem) um modo de ter contato com sua filha, já que o que mais lhe doía era ter morrido sem nunca ter se apresentado a ela, sem nunca ter lhe mostrado o quanto se importava.