sexta-feira, 20 de maio de 2011

J.R. Ward - Série Irmandade da Adaga Negra # 6.1 – Guia oficial da série

COMPÊNDIO - GUIA OFICIAL DA SÉRIE
J.R. Ward
Universo do Livros
512 páginas
2011

Bom, este é um livro entre os livros.
Uma deliciosa pausa na intensidade da estória da irmandade, um livro de curiosidades, cenas cortadas e brincadeiras que me divertiu MUITO.

Eu dividiria este livro em 3 partes, embora elas se misturem um pouco:

Na primeira, a autora discorre um pouco sobre seu processo criativo, sobre a profissão de escritor, propriamente dito. Fala de sua rotina, de quantas horas escreve por dia, das revisões e adaptações, do contato com agentes, editores e editoras grandes ou independentes. Dá algumas dicas bacanas para quem pena em publicar um livro ou quer seguir a escrita como profissão. A que me soou mais incrível delas foi “não tenha internet instalada no computador onde trabalha” parece tão óbvio, mas não é o cúmulo da disciplina e óbvio como força de vontade, não se permitir distrações durante o trabalho? Em toda esta parte ela usa um tom muito amigável, nada professoral, expondo suas experiências e não querendo só dar receita de bolo. Uma coisa ótima foram os capítulos em que ela descreveu o processo de criação da Irmandade. Mentira ou não, ela disse que tudo lhe veio em sonhos. Tudo, os irmãos, os termos, os nomes, tudo, tudo, tudo, ela só teve de passar para o papel. Incrível!
Através deste livro eu fiquei sabendo que ela escreve sob outro nome para aquelas coleções de romances de banca de jornal, lá eles chamam de “Harlequin”, para a gente seriam os famosos “Júlia, Bianca e Sabrina”. Bom, as cenas de romance tórridas não podiam ser mera coincidência, não é mesmo?

A segunda parte foram as cenas eliminadas... Alguns capítulos que, por conta de tamanho, tiveram de ser eliminados dos livros originais, mas que – em sua opinião eram tão relevantes que mereciam vir à luz. Nesta parte temos uma estória curta do Zsadist, pós Bela.
No final do terceiro livro, ela se descobre grávida. No início desta estória curta, sua bebê, Nalla nasce após um parto dificílimo ao qual ela quase não sobrevive, e eles passam por um comovente período de depressão pós-parto, em cerca de 80 páginas são mostradas as mudanças na vida do casal, período em que algumas características e traumas do Z vêm a tona e tornam a convivência do casal quase insuportável. É linda, eu amei voltar a ler sobre eles.
Outra das estórias é sobre o Wrath em sua frustração pós assumir o trono da raça. Como rei, ele não pode expor-se as lutas, então ele vira uma figura burocrática e isto o entristece e enfraquece. Outra das estórias é do Butch. E outra do Phury e Cormia, com um “cinco anos depois....” onde os dois aparecem felizes, com um filhinho chamado Aghony, cheguei a simpatizar mais com eles depois deste epílogo, mas ainda acho-os insossos demais, e me surpreendeu na comunidade do Orkut ver que muitas das ‘daggersisters’ o tem como irmão favorito. Confesso que a impressão que ficou pós Bela é que Cormia para ele era apenas um prêmio de consolação já que ele não conseguiria ter a fêmea que realmente amava: a shellan de seu irmão.

A terceira parte... é simplesmente hilária.
A autora criou um fórum virtual para entrar em contato com os fãs e no passar do tempo neste fórum, os irmãos faziam algumas aparições virtuais, durante o processo de criação das estórias.
A autora então nos mostra algumas das melhores participações. Tem uma 'entrevista' com cada irmão. Então vemos o lado brincalhão do Rhage zoando com o Vishous, por exemplo, respondendo metade da enquete por ele (Qual o seu hobby? Tricô. O que mais te excita? Vestir as calcinhas da minha shellan)... e a posterior vingança, quando Vishous imobiliza o Rhage e raspa uma de suas sobrancelhas). Tem muita coisa engraçada, como ‘o dia dos namorados da Irmandade’.
Algumas cenas onde a autora descreve como os irmãos apareciam a ela, como se fossem reais. Sei lá se é puro marketing, mas ela realmente parece apaixonada pelo que escreve, e isto acaba contagiando a gente...

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