domingo, 2 de dezembro de 2012

O caçador de Pipas, Khaled Hossein

Ah! Atualizando o lado "cultural" (ou não) da coisa...

Terminei em 30/12/2012 um livro que tinha começado e parado nas primeiras páginas. O caçador de pipas. Li em ebook e praticamente de uma tacada só, terminei de ler no sábado passado, as três da madrugada, achei muito emocionante. Chorei bastante no final. Fui dormir com o coração esmigalhado, pensando e repensando na humanidade, na (ir)responsabilidade de ter colocado um filho no mundo, num mundo tão cruel onde as pessoas são tão fracas, tão mesquinhas, tão más de forma tão desnecessária, tão gratuita.
Que coisa triste é a guerra, e que guerra é viver!
Eu gostei muito da estória. Me identifiquei demais com a fraqueza, as dúvidas, as mágoas, o ressentimento e a covardia de Amir diante da pedra no sapato que é ter uma pessoa tão perfeita, tão iluminada, tão certinha como Hassan era, em sua vida, em sua casa, em seu coração, alguém a quem a gente sabe que TEM  de amar e até ama, mas que no fundo, no fundo, desperta às vezes aquele impulso de provocar e testar para ver até que ponto a perfeição aguenta antes de ceder e ruir, e então aflora o tal do "instinto pelvelso".

E o pai do Amir, tão culpado, tão responsável pelo que o filho se tornou, pela covardia, com seu jeito canhestro de lidar com a paternidade, com as mentiras, no entanto, um tanto justificado por ter criado ele sozinho após a morte da esposa. Tantos defeitos, tantas justificativas, impossível não compreender, não perdoar, a cada um deles...
Um menininho tentando conquistar o pai. A vida inteira. E no final, descobre as mentiras os pés de barro do herói dourado.
Um outro menininho, tão iluminado, tão apaixonadamente justo e fiel, tão inocente.
Os elos que se sucedem, se interligam e culminam na culpa, no medo, na covardia... e na redenção - mas a que custo!
Como a humanidade é triste!

E como eu gostaria de ter o dom de escrever algo que fizesse as pessoas sentirem o que este autor me fez sentir quando eu terminei de ler seu livro. Isto é certamente um dom.Podem questionar a erudição, mas as emoções... as vezes elas bastam por si só!

Volto a dizer... É meio difícil hoje em dia manter-se imparcial, mas a melhor coisa do mundo é ver um filme ou ler um livro de mente aberta, sem saber o que esperar e principalmente  sem cercar-se muito das críticas influenciadoras, por exemplo, eu não sabia direito do que se tratava a história deste livro quando comecei a ler, agora fui pesquisar uma sinopse para postar aqui e me deparei com um monte de crítica de gente que leu e não gostou e tal... imagino então se eu tivesse pesquisado antes, se eu já não teria começado a ler influenciada e então não teria desgostado... vai saber, acho que no final eu estou é ficando velha e bundona mesmo, com um gosto muito brando.
Agora quero ver o filme.

Para quem não conhece, segundo a Wikipedia:

The Kite Runner” (em português, “O Caçador de Pipas”) é um romance do escritor Khaled Hosseini. Publicado em 2003, é o primeiro romance de Hosseini, e foi adaptado a um filme de mesmo título em 2007.

O caçador de pipas conta a história de Amir, um garoto rico de Cabul, no Afeganistão, que é atormentado pela culpa de ter traído seu criado e melhor amigo, Hassan, filho de Ali, também empregado do seu pai. A história tem como cenário uma série de acontecimentos políticos tumultuosos, que começa com a queda da monarquia do Afeganistão decorrente da invasão soviética, a massa de emigrantes refugiados para o Paquistão e para os EUA e a implantação do regime Militar pelo Talibã



Agora eu quero ler "a menina que roubava livros"
parece que o livro é narrado pela Morte, será que entendi bem?

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