sexta-feira, 20 de maio de 2011

J.R. Ward - Série Irmandade da Adaga Negra # 8 - Amante Meu

AMANTE MEU (LOVER MINE)
J.R. Ward
Universo dos Livros
606 páginas
2012

Neste livro mergulhamos na estória de John Matthews.
Ele aparece na série no segundo livro, como o pré-trans mudo a quem Mary ajuda e que logo em seguida é adotado pela Irmandade para treinamento, devido à sua pulseira de couro onde havia um nome gravado “Tehrror” no Idioma Antigo, o que o ligava definitivamente ao Irmão Darius.
Tomando-o por filho do Irmão falecido, Tohrment e Wellsie o levam para sua casa, e adotam-no como filho. No final do terceiro livro, Wellsie, grávida, morre no ataque lesser em represália ao resgate da Bella (numa cena emocionante e muito triste).Tohr, dilacerado pela dor, desaparece, permanecendo desaparecido até o sexto livro, quando é encontrado a beira da morte e loucura, vagando por um deserto, tentando morrer.

Depois que o Tohr desaparece, acompanhamos John por sua transição, vemo-lo virar um guerreiro forte e enorme, passando de um inocente garoto deslumbrado, fraco e raquítico, até um homem forte, cínico, cético, durão e em algumas vezes - sem alma. Temos nos livros posteriores varias inserções em sua infelicidade pelo desaparecimento do único pai que conheceu e pela perda da única mãe que teve desde que nasceu num banheiro de uma estação de ônibus onde foi abandonado.

John faz somente dois amigos no centro de treinamento, Blaylock e Qhuinn e um inimigo ferrenho: Lash. A determinada altura, Qhuinn, para defender John de uma situação perigosa onde Lash o colocara, bate tão forte em Lash que o mata. De alguma forma, descobrimos que o Lash era filho do Ômega com uma humana, quando ele morre, sua ‘essência volta ao pai, que o ressuscita como a encarnação de um mal inenarrável, tipo um 'lesser-with-lasers'.
Ele vira então o arquivilão no sexto, sétimo e neste oitavo livro. Uma praga, minha gente!

Neste livro se dá o romance entre John e Xhex. É lindo, é intenso, é doloroso. E como não podia deixar de ser, Lash a quer para ele, e quase a transforma em lesser quando a sequestra, embora nunca tenha havido uma lesser fêmea antes. Lash, como meio vampiro e meio lesser, precisava de uma fêmea igual para poder se alimentar.
Xhex é durona, quase assexuada, mas John lhe desperta algo que não consegue entender. Ao ler as suas fantasias na mente dele, se vê cada vez mais enredada na vida do silencioso guerreiro.

No decorrer deste livro, os capítulos dos dias atuais se entrelaçam com a vida de Darius, séculos atrás, quando salva da desgraça uma vampira civil que tinha sido seqüestrada por um sympath, estuprada e cuja família a renegou ao vê-la de volta, com um bebê sympath em seu ventre.
Darius e Tohrment (um garoto, na época recém-inserido na Irmandade) a acolhem e ajudam no processo de gravidez e parto, embora ela – de tão deprimida – já parecesse meio morta. Após o parto, ela se suicida na frente deles e eles ficam com a bebê.
Adivinhem quem é esta bebê?
Quem, quem, quem?
Nossa amiga Xhexania (cujo nome, inclusive foi Darius quem escolheu antes de entregá-la a uma família de vampiros bons para ser criada como filha - sem revelar que ela era meio sympath, claro.)
O nome é estranho, mas segundo o livro, no Idioma Antigo, Xhexania significa "abençoada"... suaviza um pouco, não?
*pausa para um Ahhhnnnnn enternecido*


E saber que John é Darius reencarnado, torna tudo tão mágico e lindo.

J.R. Ward - Série Irmandade da Adaga Negra # 7 - Amante Vingado

AMANTE VINGADO - LOVER AVENGED
J.R. Ward
Universo dos livros
720 páginas
2011



Chegamos no livro que conta a estória do meio-irmão da Bella, Rhevenge.
Ninguém sabe, mas ele é parte vampiro e parte sympath.
Os sympath são criaturas temidas porque alimentam-se das emoções de outras criaturas. Além de lerem pensamentos, infuenciam sadicamente as emoções dos outros cavando traumas e tristezas, para deleitarem-se com seus efeitos sobre a criatura e induzem-na a praticar atos alheios a sua vontade. São poderosos e também chamados de “devoradores de pecados”.
É dever de qualquer vampiro que saiba da existência de um sympath, que os denunciem para que sejam enviados à colônia, para viverem isolados do mundo. Revhenge, por ser sympath somente em parte, consegue manter esta sua metade sob controle injetando-se dopamina, o que faz dele um drogado em tempo integral.
Como membro da aristocracia, ele esconde a verdade da sua origem como forma de proteger sua mãe e irmã, mantendo-as em seu padrão social às custas de negócios escusos: ele é o maior traficante de drogas de Caldwell, e em seus clubes noturnos, vende tudo o que humanos e vampiros procuram: drogas e sexo. Tudo isto por baixo de um disfarce de honesto “homem de negócios”.
O segredo de Rhevenge é conhecido por uma chantagista. A princesa sympath, que há duas décadas, ameaça desmascará-lo. Ele compra seu silêncio com pedras preciosas e sexo, 1 vez por mês. As cenas de sexo entre eles são doentias, para se ter idéia, ela exerce uma estranha influência em escorpiões, então, antes de encontrá-lo, banha-se em veneno de escorpião, o que o deixava muito doente após o sexo.
Além de proteger a si mesmo e à sua família, Rhevenge submete-se à chantagem da princesa para proteger também à Xhex, uma sympath que trabalha com ele, como chefe de segurança em seu clube noturno ZeroSum, sua única cúmplice nesta vida isolada de sympath fingindo-se vampiro normal. Ao mesmo tempo que odiava a princesa sympath, evidentemente o aprisionava a esta relação também a possibilidade de 'ser ele mesmo' assumindo sua natureza pelo menos nesta única vez ao mês. Mesmo que isto custasse sua vida, ele continuaria fazendo pela obrigação e por este dúbio 'é ruim mas é bom', até que.......

Após um dos encontros odiosos com a princesa, Rhevenge procura a clínica do vampiro-médico Havers (irmão da Marissa, que já vimos nos livros anteriores) em busca de doses cavalares de dopamina e também de antídoto contra veneno de escorpião.
Ehlena é enfermeira na clínica de Havers. Como aristocrata decaída, ela vive em situação de extrema pobreza com seu pai, que é consumido pelo mal de Alzheimer e tem poucos momentos de lucidez.

O livro discorre sobre a aproximação dos dois, tendo como plano de fundo – como todos os outros – a luta contra os lessers, que mudaram de tática em busca de financiamento para seus negócios, invadindo o trafico de drogas em Caldwel, onde o Reverendo, ou Rehvenge vira alvo fácil também a eles.

Ehlena é luz, honesta, decente, pura, verdadeira. Rehvenge tem a si mesmo como um demônio que faz coisas indefensáveis, mas por meio de muitas omissões e um mínimo de mentiras, ele consegue se aproximar dela até que ela se apaixone, mas quando vem à tona o que ele é e o que ele faz – da pior maneira possível: a princesa sympath, enciumada ao perceber a ameaça que Ehlena era para sua 'relação', a aborda e derrama sobre ela toda a verdade - eles se separam.

Rehvenge parte então numa missão suicida buscando vingança contra a princesa que tinha tirado dele a única coisa que amou na vida.

J.R. Ward - Série Irmandade da Adaga Negra # 6.1 – Guia oficial da série

COMPÊNDIO - GUIA OFICIAL DA SÉRIE
J.R. Ward
Universo do Livros
512 páginas
2011

Bom, este é um livro entre os livros.
Uma deliciosa pausa na intensidade da estória da irmandade, um livro de curiosidades, cenas cortadas e brincadeiras que me divertiu MUITO.

Eu dividiria este livro em 3 partes, embora elas se misturem um pouco:

Na primeira, a autora discorre um pouco sobre seu processo criativo, sobre a profissão de escritor, propriamente dito. Fala de sua rotina, de quantas horas escreve por dia, das revisões e adaptações, do contato com agentes, editores e editoras grandes ou independentes. Dá algumas dicas bacanas para quem pena em publicar um livro ou quer seguir a escrita como profissão. A que me soou mais incrível delas foi “não tenha internet instalada no computador onde trabalha” parece tão óbvio, mas não é o cúmulo da disciplina e óbvio como força de vontade, não se permitir distrações durante o trabalho? Em toda esta parte ela usa um tom muito amigável, nada professoral, expondo suas experiências e não querendo só dar receita de bolo. Uma coisa ótima foram os capítulos em que ela descreveu o processo de criação da Irmandade. Mentira ou não, ela disse que tudo lhe veio em sonhos. Tudo, os irmãos, os termos, os nomes, tudo, tudo, tudo, ela só teve de passar para o papel. Incrível!
Através deste livro eu fiquei sabendo que ela escreve sob outro nome para aquelas coleções de romances de banca de jornal, lá eles chamam de “Harlequin”, para a gente seriam os famosos “Júlia, Bianca e Sabrina”. Bom, as cenas de romance tórridas não podiam ser mera coincidência, não é mesmo?

A segunda parte foram as cenas eliminadas... Alguns capítulos que, por conta de tamanho, tiveram de ser eliminados dos livros originais, mas que – em sua opinião eram tão relevantes que mereciam vir à luz. Nesta parte temos uma estória curta do Zsadist, pós Bela.
No final do terceiro livro, ela se descobre grávida. No início desta estória curta, sua bebê, Nalla nasce após um parto dificílimo ao qual ela quase não sobrevive, e eles passam por um comovente período de depressão pós-parto, em cerca de 80 páginas são mostradas as mudanças na vida do casal, período em que algumas características e traumas do Z vêm a tona e tornam a convivência do casal quase insuportável. É linda, eu amei voltar a ler sobre eles.
Outra das estórias é sobre o Wrath em sua frustração pós assumir o trono da raça. Como rei, ele não pode expor-se as lutas, então ele vira uma figura burocrática e isto o entristece e enfraquece. Outra das estórias é do Butch. E outra do Phury e Cormia, com um “cinco anos depois....” onde os dois aparecem felizes, com um filhinho chamado Aghony, cheguei a simpatizar mais com eles depois deste epílogo, mas ainda acho-os insossos demais, e me surpreendeu na comunidade do Orkut ver que muitas das ‘daggersisters’ o tem como irmão favorito. Confesso que a impressão que ficou pós Bela é que Cormia para ele era apenas um prêmio de consolação já que ele não conseguiria ter a fêmea que realmente amava: a shellan de seu irmão.

A terceira parte... é simplesmente hilária.
A autora criou um fórum virtual para entrar em contato com os fãs e no passar do tempo neste fórum, os irmãos faziam algumas aparições virtuais, durante o processo de criação das estórias.
A autora então nos mostra algumas das melhores participações. Tem uma 'entrevista' com cada irmão. Então vemos o lado brincalhão do Rhage zoando com o Vishous, por exemplo, respondendo metade da enquete por ele (Qual o seu hobby? Tricô. O que mais te excita? Vestir as calcinhas da minha shellan)... e a posterior vingança, quando Vishous imobiliza o Rhage e raspa uma de suas sobrancelhas). Tem muita coisa engraçada, como ‘o dia dos namorados da Irmandade’.
Algumas cenas onde a autora descreve como os irmãos apareciam a ela, como se fossem reais. Sei lá se é puro marketing, mas ela realmente parece apaixonada pelo que escreve, e isto acaba contagiando a gente...

J.R. Ward - Série Irmandade da Adaga Negra # 6 - Amante Consagrado

AMANTE CONSAGRADO (LOVER ENSHRINED)
J.R. WARD
Universo dos Livros
552 páginas
2011



Bom, devo confessar (um tanto infantilmente) que “Phury” me lembra “fluffy” já tomei birra daí.Pra mim a autora devia ter usado Fury mesmo pro nome do guerreiro que tem muito mais peso e 'fúria' do que este ‘ph’ de ‘pharmácia’ que soa como um gato gordo ronronando.

Neste sexto livro mergulhamos na estória do Phury, irmão gêmeo do Zsadist. Revivemos sua busca pelo irmão, temos o seu ponto de vista da situação mostrando como sua família foi destruída pelo seqüestro do bebê, como seus pais praticamente vegetaram após a perda do filho, e o como sua própria vida foi modificada depois que tomou para si o manto de herói mártir para consertar as coisas, o quanto se sentia culpado por não ter sido ele a sofrer tudo o que o irmão sofreu. Isto o tornou super protetor com o Z deixando sua vida de lado para procurar compensar o irmão (embora este nunca o tenha pedido).
Phury é um guerreiro bonito, com cabelos multicoloridos e compridos, que perdeu parte da perna durante o resgate de Z (numa cena muito comovente) e usa uma prótese. Vemos no terceiro livro quando acontece a redenção/recuperação de Z por causa da Bella, que Phury, até então celibatário, se apaixona pela fêmea, sofrendo muito por este sentimento proibido, já que nunca tiraria nada do irmão (não que Bela tenha alguma vez acenado a ele com esta possibilidade, desde o início para ela, só existia Z).

É um livro intenso, dada a profundidade e complexidade do dilema interno de Phury e seu vício por uma droga suave que eles chamam no livro de “fumaça vermelha”, que toda a Irmandade (exceto Z) consome esporadicamente, mas o leva até o fundo do poço no vício, chegando a evoluir para heroína. Aliás, no final do livro, ele recorre a reuniões humanas de Narcóticos Anônimos para aprender a viver com o vício, por mais insólito que possa parecer.

No decorrer do livro assumindo seu posto de Primale diante das Escolhidas, ele conhece a rebelde Escolhida Cormia e após MUITA enrolação e um romancezinho meia-boca eles ficam juntos, com ele dando um nó na Virgem Escriba para mudar as regras do jogo permitindo que ele permaneça como Primale, mas fiel somente a uma das Escolhidas (Cormia) e que às outras, cuja função é procriar para eternizar a espécie seja permitido que vivam (as que assim quisessem se rebelar como sua shellan uma vez o tinha feito) neste lado e escolherem elas mesmas seus machos para procriarem.
Neste ponto percebemos que a Virgem Escriba passa de uma entidade vigorosa, cruel e extremamente inflexível que era no primeiro livro – a ponto do Wrath tremer diante dela, aquela que amaldiçoou um filho que dizia amar (Rhage) com uma besta interior só porque ele ousou matar uma de suas corujas – para uma divindade decorativa, manipulável, fraca... Muito estranho (e isso vai ficando cada vez mais evidente nos outros livros). Dá meio aquela sensação que temos de que “Deus” saiu de férias, dado a quantidade de coisas injustas e inexplicáveis acontecendo aqui embaixo...

Eu achei fraquinho este livro... vale ler pela relevância dos acontecimentos e para compreensão dos próximos, mas não esperem demais. Dada a intensidade do amor platônico do Phury pela Bella, sua capitulação por Cormia, fica com um gosto tão amargo de prêmio de consolação, que tira muito do brilho do que poderia ser uma estória linda.

J.R. Ward - Série Irmandade da Adaga Negra # 5 - Amante Liberto

AMANTE LIBERTO (LOVER UNBOUND)
J.R. Ward
Universo dos Livros
525 páginas
2011


Bom... Eu adorei o quinto livro.
Não sei se porque eu achei o casalzinho Butch e Marissa fraquíssimos, a estória do Vishous pra mim foi ótima. Ele é um personagem muito controverso, com um passado quase tão pesado quanto o do Zsadist, o que o levou a desenvolver fortes tendências BDSM, a ponto de ter uma câmara de tortura em sua cobertura na rua Commodore. Sua única maneira de encontrar prazer (ainda que um prazer vazio venhamos e convenhamos) é subjugando vampiros e vampiras que se submetem com prazer à sua dominação. A maldição de V. é ter uma das mãos com um brilho sobrenatural, com o poder destrutivo de uma bomba atômica, por iso ele usa o tempo inteiro uma luva forrada de chumbo para neutralizar seus efeitos. Usa cavanhaque e tem parte do rosto e a mão 'ruim' tatuados com avisos no Idioma Antigo, seus olhos são brancos, como diamantes, bordeados de azul marinho.
Após uma noite de luta com os lessers, acontece algo errado, muito ferido com uma bala no coração, V. é levado a um hospital humano. A dra. Jane Whitcomb é quem faz uma cirurgia e o salva.
Ainda anestesiado e em recuperação, após um daqueles deliciosos e inexplicáveis momentos de “Minha” seguido pelo rugido do macho vinculado e o arreganhar das presas, ele ordena que a levem junto quando a Irmandade invade o hospital para resgatá-lo.
Vishous não sabe porque, mas algo naquela doutora desperta sentimentos em si, um instinto de posse e uma necessidade de estar perto dela, não consegue deixar o hospital sem ela e leva-a junto para a mansão da irmandade, querendo entender o que acontece, intencionando liberá-la em breve após apagar sua mente.

Assim como o livro do Z, os capítulos se intercalam entre presente e passado de Vishous BloodLetter, desde a infância e também é emocionante e doloroso acompanhar o crescimento dele, e no processo, muito do seu 'eu' atual se explica.
A descrição do cativeiro da Jane e da difícil aproximação deles é fantástica. Jane é solitária, porém destemida. A paixão dela pela medicina e genética desperta fascinada ao tomar contato com uma raça diferente, com tal poder de regeneração e cura. Apesar de uma humana ‘normal’, ela é ousada e curiosa, há uma cena maravilhosa entre eles, quando um pouco antes de se separarem Vishous a leva à sua cobertura e mostra o quão anormal ele é, dando-lhe a prova suprema do amor dele: pela primeira vez ele abandona a posição de dom, para ser sub. E o negócio pega fogo! Em certa altura, há a revelação de que ele é filho legítimo da Virgem Escriba, a mãe da raça (daí sua mão brilhante, em essência, a mesma substância que - em maior grau - reside nela), e a ele está designada a função de Primale, que é o macho responsável por procriar com as Escolhidas, no Outro Lado. Pra mó di purificar a raça e engrossar as fileiras de guerreiros valorosos na luta da Irmandade contra os lessers. Ele seria um tipo meio bizarro de 'abelho rainho'

Se já era difícil para ele tomar a humana como sua shellan, depois desta então, se torna impossível. Ainda mais ele, que tem dificuldades com o bom e velho sexo por motivos exclusivamente procriativos.... Bom, muita água escorre da ponte. E após muitos momentos de depressão pré-suicida de todos os lados, Phury, num ímpeto de mártir e para esconder a frustração por amar a shellan de seu gêmeo, assume para si o 'cruel encargo' de dar conta das Escolhidas no Outro Lado e Vishous então é liberado para ficar com sua humana.
Mas aí ela morre. E esta cena é muito triste, lembro que li no ônibus e as lágrimas escorriam...


E então, não mais que de repente, a autora peida no fubá... Jane morre, mas devido ao pedido desesperado de seu filho Vishous, a Virgem Escriba intercede junto ao Pai para que de alguma forma eles possam ficar juntos e Jane volta... como um fantasma (porque cada concessão dos deuses implica em um sacrifício, e nada vem de graça).
Ah? O que? Sim, vocês leram certo...
Um vampiro e uma fantasma. *uma pausa para engolir a seco*
É... a maior reclamação dos leitores quanto a este livro é justamente a inverossimilhança disto tudo... 
A autora tenta consertar, mostrando como o poder da mão brilhante de Vishous é a única coisa que faz com que Jane fique trangível, ou seja, enquanto com ele, ela é uma pessoa de ‘carne e osso’, embora sem a força da mão dele, seja incorpórea a menos que se concentre muito. Mostra eles no after, sendo felizes e vivendo normalmente, ela se torna a médica oficial da Irmandade (e a Virgem sabe que eles precisam muito de um médico residente, já que toda a noite de luta rende muitos machucados, ossos quebrados e tudo o mais).
Mas venhamos e convenhamos... Fantasma?
Difícil de engolir.
Só perdôo porque o livro, no geral, é muito bom.

** curioso é que a autora, no Guia dos entendidos (livro 6,1) diz que ficou surpresa com a falta de receptividade dos leitores quanto a este desenlace. Para ela era tão normal e todo mundo chiou – rsrsrsrsrs. Escritores... sempre incompreeendidos!

J.R. Ward - Série Irmandade da Adaga Negra # 4 - Amante Revelado

AMANTE REVELADO (Lover Revealed)
J.R. Ward
Universo do Livros
495 páginas
2010



O quarto livro trata da estória de Butch O’Neal.
Desde o primeiro livro, quando invadiu a mansão da Irmandade, todo pimpão querendo defender a Beth daquele sujeito perigoso, com cara de traficante de drogas (ou coisa pior), peitando de forma suicida aquela gangue mal-encarada, ele conquistou um espaço dentro a Irmandade. De início, a atenção de todos estava voltada para Beth e sua transição, como o policial se recusava a sair dali, foi-lhe permitido ir ficando até decidirem o que fazer com ele. Com o agravante óbvio de que, sabendo tudo o que sabia, se deixassem ele voltar ao mundo real, ele teria de ser morto, evidentemente.

Butch levava uma vida vazia e não tinha nada para ele aqui no mundo real, e quando conhece Marissa, a ex-shellan do Wrath (a que ele largou quando conheceu Beth), percebe que não teria porque voltar ao mundo dito 'real'.

O livro discorre sobre o romance dos dois. Amplamente dificultado pelo fato óbvio de ela ser uma vampira e ele um humano. Ela é virgem, intocada, pois Wrath só a usou, durante os 3 séculos, para alimentação, nunca para sexo, apesar das esperanças românticas que ela tinha pelo Rei da raça, de que um dia despertaria para amá-la. Butch é um cético, dado a romances passageiros e sórdidos.
Marissa muda sua vida, e ele muda a dela. Devido às reviravoltas que só a ficção permite, em dado momento, descobrem que Butch traz o gene vampírico (fruto de uma pulada de cerca de sua mãe hoje senil, com um vampirão anônimo, que ninguém faz a menor idéia quem seja ou que fim levou) e após uma sessão de macumbaria, Vishous consegue ativar o vampiro nele e então ele vira um Irmão de verdade, Dhestroyer passa a ser seu nome guerreiro e descobre-se que ele é a personificação de uma antiga lenda de um guerreiro que apareceria para destruir o Ômega nas velhas escrituras (Ok, eu também achei meio forçado). De fato, depois da transição, ele desenvolve uma capacidade de luta incrível, sendo o único que consegue realmente destruir os lessers sem que eles voltem ao Ômega como voltam quando mortos por qualquer outro dos Irmãos. Ainda assim, sendo mestiço, ele não tem alguns poderes, como por exemplo, o de desmaterializar-se.

Algumas reviravoltas são narradas neste quarto livro, confesso que da série, eu achei um dos mais fraquinhos (só não perde para o sexto, o livro do Phury *bocejo*). 

Há uma insinuação de atração homossexual do Vishous pelo Butch, que chega a pegar fogo, mas tudo muito velado e dicutido à exaustão pelas fãs em fóruns e grupos, fato é que, depois que Marissa aparece na vida de Butch, ele não tem olhos para mais nada. Vishous no entanto, fica bastante enciumado, não dá pra entender se por perder a amizade ou se rola mesmo este lance homo entre os dois.

J.R. Ward - Série Irmandade da Adaga Negra #3 - Amante Desperto

AMANTE DESPERTO (LOVER AWAKENED)
J. R. Ward
Universo do Livros
464 páginas
2010




Ninguém conseguia entender porque o seqüestro da civil importava tanto a Zsadist. Após o acontecido, ele se tornou ainda mais recluso, ainda mais cruel com os lessers que capturava, abordando-os sempre com a pergunta “O que fizeram com a fêmea?” seguido de uma crueldade excessiva à repostas negativas ou falta delas.
Era de consenso geral de que, a esta altura - 4 semanas após o seqüestro - Bella já estaria morta.  A Irmandade se mobilizava para encontrar-lhe o corpo para devolvê-lo à família, seu irmão Rehvenge, membro da glymera - exigia uma conclusão do caso. E interessava à Irmandade compreender o que aconteceu, também pelo fato de que a civil sabia muito sobre eles, e era necessário averiguar o que ela poderia ter revelado.
Z travou uma batalha insana e obsessiva na vingança pela morte dela. Depois do começo acidentado dos dois, ele cercou-se de suas coisas, buscando seu cheiro e sua lembrança nos objetos na casa dela, a qual arrumou e conservou como um devoto em um santuário.

Neste livro alternam-se capítulos entre o passado e o presente, e o que vemos é o passado de Zsadist como escravo de sangue.
Ele foi seqüestrado, separado de seu gêmeo e família, aos três meses de idade por uma babá e quando ela morreu dois anos depois, foi vendido como escravo, crescendo como servo de cozinha. Logo após sua transição, foi comprado pela Ama para ser seu escravo de sangue - com o bônus de escravo também sexual - dela e seus súditos. Através das páginas vemos diversas atrocidades acontecendo com ele.
As cenas são tão vívidas e comoventes que eu chorei em várias partes. Capítulo a capítulo passado e presente se alternam e tudo é mostrado, como ela aniquila seu corpo, sua mente e suas emoções e tudo o que ele é atualmente, é explicado e perdoado por conta destas experiências. Passou cem anos como escravo, até que Phury, o gêmeo que permanecera na família o encontra após décadas de busca e o resgata, só que então ele já estava destruído, louco.

Bella foi seqüestrada pelo lesser Sr. O, por conta da semelhança física com sua falecida esposa (a quem ele matou, por sinal). O cara é psicótico, e  alterna momentos de idolatria com violência extrema, que ofusca todo o seu interesse na destruição da Irmandade em si, que aos olhos do Ômega deveria ser seu principal objetivo.
Mantém-na num local ermo, escondida de seus próprios comparsas que não aceitariam uma vampira como companheira de um lesser. Durante seu cativeiro, Bella sente que somente Zsadist teria força para resgatá-la deste lesser, nenhum outro Irmão conseguiria, mas duvida que ele se dê ao trabalho, por causa de seu início desastroso, do nojo inexplicável que ele teve dela. Os dias se passam sem notícias e ela sente que deixaram de lembrar dela, sente que ele a odeia e que não se daria ao trabalho de cogitar se ela estava viva ou morta.
A tática lesser é seqüestrar vampiros civis para interrogá-los em busca de informações sobre a Irmandade e em dado momento do cativeiro, Bella ajuda a um desses vampiros civis escapar, tendo de lidar sozinha com toda a fúria do sr. O, que a deixa a beira da morte. O civil, sabendo que a Irmandade procura por ela, passa as coordenadas para encontrá-la.
A Irmandade monta uma operação de resgate e Zsadist, alucinado, consegue salvá-la. Incompreensivelmente para os outros Irmãos, assume uma atitude possessiva por ela, a ponto de não deixar o médico se aproximar para examiná-la. Bella está muito machucada, e em meio a sua dor, só o que pode ansiar é pela força de Z.

(...)
— Esquece. O médico verá a ela aqui. E, ninguém vai tocar nela sem minha permissão ou sem que eu esteja presente. — quando olhou para cima, seus irmãos, Wrath e Phury pareciam totalmente confusos — Pelo amor de Cristo, querem que o diga no Idioma Antigo no caso de ambos terem esquecido como falar português? Não vai a nenhum lugar.
Com uma maldição, Wrath abriu seu celular e falou rápida e firmemente.
Quando o fechou, disse:
— Fritz já está na cidade, e vai recolher o doutor. Chegarão aqui em vinte minutos.
Z assentiu e olhou as pálpebras costuradas de Bella. Desejava ser o responsável por vingar-se daqueles que fizeram isso com ela. Desejava que ela se sentisse aliviada agora. Oh, Deus... Como devia ter sofrido.
Deu-se conta de que Phury se aproximou, e não gostou que seu irmão se ajoelhasse.
O instinto de Z era de fazer uma barricada diante do corpo de Bella com o seu próprio, evitando que seu gêmeo, Wrath, o doutor, ou qualquer macho pudesse vê-la. Não entendia esse impulso, não sabia a origem, mas era tão forte que quase se lançou no pescoço de Phury.
E, então seu gêmeo estirou a mão para lhe tocar o tornozelo. Os lábios de Z se retiraram para mostrar as presas, lhe saindo um grunhido da garganta.
A cabeça de Phury se elevou rapidamente.
— Por que está agindo assim?
Ela é minha, pensou Z.
Mas, no instante que lhe chegou essa convicção, afastou-se. Que demônios estava fazendo?
— Está ferida. — murmurou — Só não se meta com ela, ok? (...)

O livro discorre sobre a aproximação entre Bella e Zsadist, que é muito difícil, muito dolorosa, mas também encantadora, a gente mergulha na louca vingança que ele planeja contra o lesser que a maltratou. Há algumas cenas maravilhosas. Descrições vívidas dos sentimentos de ambos, bem como dos impedimentos, das brigas, das separações e de como ele vai mudando, mudando, mudando...

Confesso que me apaixonei um pouco pelo Z. De todos os irmãos, ele foi o que eu mais gostei. Foi o único que me apareceu em sonhos. (Até o quinto livro, quando sonhei com o Vishous) ;-)

J.R. Ward - Série Irmandade da Adaga Negra #2 - Amante Eterno

AMANTE ETERNO (LOVER ETERNAL)
J.R. Ward
Universo dos Livros
448 páginas
2010



Este segundo livro trata da estória do Rhage, o mais forte dos irmãos (e o mais engraçado também). Seu apelido é Hollywood devido à sua beleza cinematográfica (segundo a descrição do livro, Brad Pitt a seu lado seria chamado de Patinho Feio).
Rhage foi amaldiçoado pela Virgem Escriba depois de um lamentável erro cometido num momento de fúria intempestiva: sua maldição é carregar dentro de si uma besta que é libertada em momentos de fúria, medo ou descontrole. É ele perder as estribeiras e o seu Godzilla interno, devastador e mortal destrói tudo a sua volta. Na luta contra os lessers, é uma arma poderosa, a frustração é que, quando tudo sai do controle, ele pode destruir não só os inimigos, mas também os amigos e é isso que o atormenta e a todos ao seu redor. Rhage convive com a presença da besta o tempo inteiro, como um zumbido incômodo dentro de si, um chamado constante, lhe lembrando sua maldição. Só o que mantém a besta num nível suportável é a luta e o sexo. Rhage abusa dos dois, como um viciado sem controle.

Mary Luce é uma humana que sofre. Solitária, mediana, trabalhava com crianças autistas antes de iniciar sua batalha contra a leucemia, que lhe consumiu a saúde, tempo e parte de sua paixão pela vida. Quando jovem, viu sua mãe morrer desta mesma doença, uma morte feia, dolorosa, e seu maior receio era passar pelo que ela passou e morrer sozinha, ao que tudo indica, é exatemante o que lhe acontecerá, o destino é uma cadela cruel... depois de deixar de trabalhar com as crianças, passou a ocupar seu tempo com trabalho voluntário, como atendente de uma espécie de CVV como forma de manter a cabeça ocupada e o nível de humanidade e carga emocional controlado: enquanto ocupava-se do problema de outras pessoas, conseguia deixar os seus de lado.
Por meio deste trabalho John Matthews, um rapaz órfão, franzino, mudo e assustadiço, chega até ela. Uma noite, a segue com sua bicicleta até sua casa, observando-a a distância, como que para protegê-la. Condoída pela situação do rapaz chama-o para ficar com ela por um tempo, falando com ele, através da linguagem de sinais.
Ela não sabe que sua vizinha Bella é uma vampira, e nesta noite, Bella nota algo diferente em John. Ele carrega uma pulseira de couro, onde há um nome guerreiro escrito no Idioma Antigo, e ela então o identifica como um pré-trans (um humano que em breve se transformará em vampiro), por causa da pulseira, ela informa Irmandade e consegue um encontro deles com John, fingindo ao garoto que a visita era para conseguir-lhe uma bolsa de estudos em artes marciais (assunto pelo qual é fanático) mas na verdade, o intuito é conseguir-lhe a ajuda que necessitará em sua transição.

Mary é levada junto, como intérprete e nesta primeira visita dos três à fortaleza, num momento sozinha, no corredor, ela encontra Rhage.
Rhage não sabe o motivo, mas o som da voz daquela humana frágil e doente parece ser o único antídoto para sua besta, e ao primeiro som daquela voz musical e hesitante, pela primeira vez em décadas, o zumbido constante do seu monstro é abafado, e ele parece encontrar seu caminho para a paz.
No entanto, Mary traz seus próprios demônios dentro de si, e a sentença de morte que a leucemia significa para o seu corpo humano além do entrave mental que impõe ao seu lado emocional, será o monstro mais letal que Rhage terá de combater, se quiser ter a humana ao seu lado.

O segundo livro é basicamente a estória de Rhage e Mary, aliás, Rhage, Mary e a Besta (uh-la-la, que ménage!), mas há a inserção do apaixonante tema do terceiro livro, que se tratará de Zsadist e Bella, que devo admitir, é meu livro favorito de toda a série: 

Na mesma ocasião do primeiro encontro de Rhage e Mary, Bella entra inadvertidamente na sala de treinamento da Irmandade e se depara com o ameaçador Zsadist, todo fúria e concentração, esmurrando um saco de pugilista. Ele não fica nada feliz ao ser interrompido por ela, se aproximando ameaçadoramente com uma adaga na mão, e Phury intervém avisando-a para manter-se longe de seu perigoso gêmeo, antes que ele a machuque.
Quase no final deste segundo livro, Bella, em nova visita à mansão da Irmandade, não consegue tirar Zsadist da cabeça. Desde o primeiro e inadvertido encontro, ouviu rumores assustadores sobre ele: que só se alimenta de sangue humano, que mata por prazer as fêmeas da espécie, é louco e aqueles ameaçadores olhos negros como a noite a atormentam e atraem. Ele possui uma grande cicatriz que cruza seu rosto lhe dá uma aparência mortal, deformando desde a sobrancelha até seu lábio superior que nunca sorri, maculando um rosto que – de outra forma e tomando por base seu gêmeo Phury, seria bonito. Ao contrário do gêmeo de cabelos espetaculares, mantém os seus raspados.
Bella é uma vampira da glymera – aristocracia vampírica – contra a qual se rebelou há alguns anos e tem dentro de si ímpeto e ousadia suficiente para se atrever a sentir-se atraída pelo perigo que Zsadist representa.
Z não entende porque a vampira grã-fina insiste em encará-lo o tempo inteiro, não prestando atenção em mais nada a seu redor, só quer ser deixado sozinho, morto, perdido em seu ódio. Tenta de todas as maneiras se livrar dela, direcionando o interesse dela para seu irmão celibatário a quem é evidente que ela atraiu, já que este não desgrudava os olhos de cima dela.
Em determinada altura, após ele literalmente ter de mandar ela parar de encará-loe deixar em paz, ela o segue teimosa até seu quarto, sem ele perceber.
Quando a vê entrando em seu quarto, ele a puxa ameaçadoramente e zomba do interesse que ela demonstra, prende ela contra a parede e acaricia seu corpo dura e cruelmente, disposto a assustá-la um pouco, mandá-la embora de modo que ela fique com tanto medo que jamais volte. Após afundar o dedo em sob suas calcinhas, retrai-se chocado e afasta-a com um incompreensível “vá embora, você me deixa doente”.
Bella se recompõe rapidamente e sai do quarto, Z corre para o banheiro, e vomita, trêmulo e chocado com a comprovação de que ela não estava so brincando de provocá-lo, ela realmente o desejava. O líquido sedoso em seus dedos provavam isso. Nunca mulher alguma tinha estado molhada para ele, desde a Ama, e ela não tinha sido uma referência boa.
Vomita em espasmos incontroláveis, tentando se livrar do cheiro dela, da lembrança de sua suavidade e do modo cruel como a expulsou.

Bella não agüenta, volta para dizer poucas e boas para aquele imbecil, para gritar com ele.
Ao entrar no quarto e vê-lo pela porta entreaberta do banheiro, sem camisa, curvado à beira do vaso, dá um passo para trás, angustiada com as marcas de açoite que ele trazia nas costas. O sujeito tinha o corpo inteiro marcado por feias cicatrizes, além de tatuagens de escravo de sangue: largas faixas pretas ao redor do pescoço e pulsos.

(...)
- Porra, porque está outra vez no meu quarto? – grita ele se encolhendo num canto do banheiro.
- Eu vim para gritar com você. – responde sem pensar  - Pensei que era só modo de dizer, não imaginei que te deixava doente de verdade.
A situação em que ele se encontrava desperta nela algo mais do que curiosidade e atração pelo perigo, ele parece realmente doente, e ela estende a mão para tocá-lo, com... carinho e conforto.
- Não me toque. Não posso... não posso suportar ser tocado, certo? Dói.
- Por quê? - Disse ela suavemente. - Por que lhe…
- Porra, saia daqui por favor. - Quase não podia pronunciar as palavras. - Estou a ponto de destruir algo. E não quero que seja você. (...)
Bella se lembra do que Phury disse a respeito de seu gêmeo... algo sobre ele não poder ser consertado, pois não estava quebrado. Ele estava destruído.
Confusa com a tempestade que se desencadeia nos olhos escuros dele, ela se vai.

Mais para o final de Amante Eterno, Bella é seqüestrada pelos lessers, numa emocionante e maravilhosa ponta para o terceiro livro.
Zsadist mergulha então numa busca obsessiva por vingar sua morte.

J.R. Ward - Série Irmandade da Adaga Negra #1 - Amante Sombrio


AMANTE SOMBRIO (Dark Lover)
J.R. Ward
448 páginas
Universo dos Livros
2009


Início da série, dá uma ambientada introduzindo os personagens e conceitos da autora sobre o mundo vampírico:

- Seus vampiros são uma espécie de mutação genética.
- Os que nascem vampiros são "normais" até o período de transição: que se dá por volta dos 25 anos, além disto não é posível transformar alguém 100% humano em vampiro, seja através de mordida ou compartilhamento de sangue.
- Vampiros não precisam se alimentar de humanos: eles se alimentam de outros da mesma espécie - vampiros machos se alimentam de vampiras fêmeas, e vice-versa. O sangue humano é fraco e insuficiente para saciá-los, muito menos mantê-los vivos.
- Não podem sair ao sol. 
- Podem ser feridos e podem ser mortos, mas ao receberem ferimentos não-mortais, curam-se rapidamente.
- Comem também alimentos normais, mas não necessitam deles para sobreviver.
- Seu organismo funciona da mesma forma que os humanos: sangram, tem calor, seus corações batem, usam o banheiro, fazem sexo e reproduzem-se (embora a gravidez seja uma grande preocupação para um casal emparelhado, são raras as que são levadas a termo apropriadamente, e a taxa de mortalidade de mãe e bebê é muito grande).
- Estão em constante luta contra a Sociedade Lessening, criada especificamente para destruir a raça vampírica. Os lessers são humanos tocados pelo Ômega (espécie de deus do mal) transformados em seres sem alma, com um único objetivo: caçar e eliminar os vampiros.

Dentro da raça vampírica existe a Irmandade da Adaga Negra, composta por  vampiros poderosos, de linhagem ‘pura’ que combatem a ameaça lesser noite após noite. E existem os vampiros ‘civis’, que não tomam parte nesta guerra contra os lessers.

Neste primeiro livro, o Irmão Darius sofre um atentado. Antes de morrer, pede para Wrath que cuide da filha que teve com uma mulher humana, com quem não tem contato, pois sua fase de transição se aproxima, e da qual ela não faz a menor idéia. Wrath não quer, não tem tempo para cuidar de humanos frágeis e não se interessa se a fêmea sobrevive ou não, simplesmente não tem tempo para perder na luta contra os lessers, em sua busca pessoal de vingança pela morte de seus pais. No entanto, quando Darius morre, o dever fala mais alto e ele decide – em nome da amizade com o Irmão – atender a seu pedido, embora seja uma puta chateação para si, já não bastasse a obrigação de sangue aclamá-lo como Rei da Raça – cargo que ele refuta terminantemente – ainda tem de dar uma de babá para uma humana desconhecida.
Beth Randall é uma humana normal, presa em um emprego em um jornal da cidade, do qual não obtém realização ou prazer. Órfã, vive sozinha com seu gato, e tem uma dificuldade enorme de se relacionar ou confiar em alguém. No início do livro, sofre uma tentativa de estupro (uma cena pra lá de tensa) da qual consegue se livrar e conta com o detetive Butch O’Neal do departamento de polícia de Caldwell para ajudá-la a localizar e prender seu atacante. Butch é calado, solitário e tem um grande trauma em seu passado: aos 12 anos de idade, sua irmã foi raptada a sua frente e não pôde fazer nada para ajudá-la, seu corpo foi encontrado alguns dias depois e isto foi o que o fez crescer para virar um policial durão.
Wrath se aproxima de Beth, sem saber ao certo o que lhe dizer.
“Oi, eu sou um vampiro, e adivinha?, você se tornará uma também, daqui a alguns dias... Minha veia está à sua disposição”. E cumpre sua tarefa a contragosto. Porém, ao se aproximar da bela morena, vulnerável e inconsciente de todas as mudanças que acontecerão em seu futuro, inconsciente de seu passado e de tudo o que acontece além de sua vidinha meia-boca, ele não consegue evitar a atração.

O romance entre eles é explosivo e há uma evolução adorável das personagens e suas dificuldades de relacionamento, suas feridas, sempre com a batalha contra os lessers estourando ao fundo.

A autora aplica a técnica de pontos de vista diversos, então a cada capítulo, temos um ângulo diferente da estória. Permitindo uma compreensão ampla de tudo o que acontece, sem mal-entendidos ou situações vagas. Vemos o romance entre os dois evoluir pelo ponto de vista do macho Wrath, vemos o romance pelo ponto de vista da fêmea Beth, temos até o ponto de vista dos vilões o que torna tudo muito dinâmico.

A estória termina com Darius, no Fade (espécie de paraíso), regateando com a Virgem Escriba (mãe da espécie, um tipo de deusa do bem) um modo de ter contato com sua filha, já que o que mais lhe doía era ter morrido sem nunca ter se apresentado a ela, sem nunca ter lhe mostrado o quanto se importava.

J.R. Ward - Black Dagger Brotherhood/A Irmandade da Adaga Negra, JR Ward

Tirem as crianças da sala! Finalmente uma série de livros sobre vampiros para adultos ‘espada’
(já que vampiros de Anne Rice tinham lá suas baitolagens)


Estou na reta final de uma jornada que iniciei por volta de 25/04, desencadeada por uma crítica negativa que fizeram de um livro na comunidade do Skoob no Orkut, num daqueles tópicos de “que tipo de livro você não gosta”.

Curioso como algumas vezes, a crítica negativa desperta mais interesse na gente do que uma crítica entusiasmadamente positiva.... Acho que o tiro daquela guria saiu totalmente pela culatra!

Me sinto esgotada, um tantinho envergonhada porque negligenciei várias coisas durante este tempo, mas a coisa tomou conta de mim, a ponto de atrapalhar sono, estudo *shame*, fome, trabalho e até casa e família. Eu literalmente devorei cada palavra, cada página, cada personagem, não conseguia parar de ler, me dava raiva quando os olhos não agüentavam e se fechavam no ônibus, ou na cama. Não via a hora de chegar ao próximo livro, mas ao mesmo tempo, me angustiava por que não queria que aquele que estava lendo no momento acabasse.

Bom, começando do início: trata-se de uma série de livros sobre vampiros (é... eu também fiz esta cara no início), chamada “Irmandade da Adaga Negra” e, para piorar um pouquinho esta impressão inicial, cada livro tem um subtítulo ridículo que começa com a palavra “amante” (“amante sombrio” “amante eterno” “amante liberto” e por aí vai até chegar ao supra sumo do mau gosto: “amante meu”) Ah, para ajudar tem umas capas meio cafas também, sabe daquelas que dá uma certa vergonhinha de tirar da bolsa em pleno busão para ler em público? 
Nas resenhas do skoob o entusiasmo das leitoras foi tão grande, que – uma vez encontrando os livros para baixar, peguei os três primeiros para ver no que dava.
Estava meio desanimada... as últimas séries de romance sobrenatural que eu tinha lido tinham sido bem ruinzinhas... então encarar assim, 8 livros (com outros  já programados para lançamento) me parecia uma tarefa insana a qual eu ia abandonar na metade e cheia de frustração, com certeza.

E quem disse que eu consegui? A série é apaixonante, apaixonada, não dá vontade de parar de ler, as personagens são muito reais, fortes, engraçados, humanos, profundos, lindos, gostosos e cheios de testosterona!
Agora estou lendo o Lover Unleashed  em inglês porque foi lançado nos states em Março de 2011, e ainda não tem previsão de chegada aqui em terra brasilis - sabe o melhor? Meu inglês não está tão ruim quanto eu pensava.

Vou postar uma série de resenhas da série, mas já aviso que estão CHEIAS DE SPOILERS. Se você for um Sheldon Cooper da vida, pare de ler agora e vá a merda.