Autor: Joe Hill
Lançamento: 17/05/2016
Do premiado autor dos bestesellers do The New York Times, NOS4A2 e Estrada da Noite, vem um arrepiante roance sobre uma pandemia mundial de combustão espontânea que ameaça reduzir a civilização a cinzas e um grupo de heróis improváveis que lutam para se salvar, liderados por um homem poderoso e enigmático conhecido como "o Bombeiro".
O Bombeiro está vindo. Fiquem frios.
Ninguém sabe exatamente quando começou ou de onde se originou. Uma terrível nova praga se espalha como uma queimada pelo país, atingindo as cidades, uma a uma: Boston, Detroit, Seattle. Os médicos chamam-na "Draco Incendia Trychophiton". Para todo o resto ela é "Escama de Dragão", um esporo mortal, altamente contagioso que marca seu hospedeiro com belas marcas pretas e douradas sobre a pele de todo o corpo - antes de fazer eles explodirem em chamas. Milhões são infectados: chamas se erguem por todo o canto. Não há antídoto. Ninguém está a salvo.
Harper Grayson, uma enfermeira dedicada e compassiva, tão pragmática quanto Mary Poppins, trata centenas de pacientes infectados antes de seu hospital queimar até não restar nada. Daí ela descobre as denunciadoras marcas douradas em sua pele. No início da epidemia, ela e seu marido, Joakob, tinham feito um pacto: eles assumiriam controle da situação em suas próprias mãos caso se infectassem. Para desalento de Jakob, Harper quer viver - pelo menos até o feto que traz na barriga se desenvolver e nascer. No hospital, ela havia testemunhado mães infectadas darem a luz a bebês saudáveis e ela acredita que o dela também ficará bem... se ela conseguir sobreviver até o parto.
Convencido de que sua esposa boazinha tinha passado-lhe a doença, Jakob se descontrola e eventualmente a abandona, ao mesmo tempo em que sua plácida comunidade da Nova Inglaterra colapse em terror. O caos origina crueis Pelotões de Cremação - armados, auto-empossados varrem as ruas e florestas para exterminar aqueles que eles acreditam estar infectados pelo esporo. Mas Harper não está tão sozinha quanto temia: um misterioso e atraente desconhecido com quem ela cruzou brevemente no hospital, um homem que usa um velho e sujo casaco amarelo de bombeiro, carregando uma barra de ferro com ponta em gancho, se equilibra no abismo entre a insanidade e a morte. Conhecido como O Bombeiro, ele percorre as ruínas de New Hampshire, um homem louco afligido pelas Escamas de Dragão, que aprendeu a controlar o fogo denro de si, usando-o como um escudo para protegê-lo, quando caçado... e como uma arma para vingar os injustiçados.
Na estação desesperada que está por vir, enquanto o mundo queima fora de controle, Harper deve desvendar os segredos do Bombeiro, antes que a sua vida - e a de seu filho, ainda por nascer - vire fumaça.
Adivinha quem já leu?
Euzinha aqui :D
Gostei do livro... confesso que esperava mais do final. Mas é uma bela história, bem escrita, com muitas referências à cultura pop (músicas, bandas, autores - menciona-se inúmeras vezes a Rowling, livros - O senhor dos anéis, Nárnia, acontecimentos políticos, menção relâmpago a uma obra do King - Shawshank Redepmtion, e a sua própria Christmasland, de NOS4A2) e bastante humor (negro).
Gostei muito das personagens da enfermeira Greyson e do John Rookwood, muito mesmo, aquele gostar de se apegar com carinho e torcer muito por eles até o fim. Ele, particularmente, é um personagem encantador, cheio de mistérios, mas de um humor irresistível, com toda pinta de super-heroi - ainda que, algumas vezes, bem caricato. A enfermeira é incrível, forte e a verdadeira heroína da história. Os personagens que orbitam ao redor deles também são bons, dos vilões aos figurantes.
O epub a que tive acesso tem 723 paginas, então tem muito espaço para explorar até mesmo os mistérios dos personagens secundários.
Sobre a história: uma epidemia mortal se espalha pelo mundo, uma doença cujo sintoma principal são: inicialmente marcas na pele - chamadas de escamas de dragão - e que, na evolução, leva a pessoa a combustão espontânea. A sociedade enlouquece, governos ruem e seres humanos recuam a um estágio primitivo de sobrevivência e auto-preservação: os sãos passam a caçar os infectados como se fossem zumbis (altas cenas a la TWD) e o inferno se abate sobre a terra. A maioria dos infectados morrem em semanas (causando enormes danos colaterais como incêndios, queimadas em matas e infectando a inúmeros outros, no processo) mas algumas pessoas sobrevivem mais tempo com a doença.
Estudos não conseguem chegar a conclusão alguma e, o medo junto com a falta de conhecimento sobre o "draco incendia trychophyton" cria um estado total de isolamento, paranoia e muita violência.
Algumas pessoas, descobrem como "controlar" os sintomas da doença, e vemos então uma comunidade de infectados sobreviventes que vivem num clima de pseudo-religião em relação à doença. (qualquer semelhança com The Stand, não me pareceu mera coincidência... temos até uma Mãe Carol, para combinar com a Mãe Abagail, ah, temos até um Nick surdo-mudo... ou viajei?)
Mas o que parece um refúgio paradisíaco e acolhedor, em contrapartida ao ambiente hostil do exterior, logo mostra também seus perigos. Humanos, ah, sempre os humanos....
Só acho que personagens tão queridos mereciam um final melhor.
Será que haverá mudanças até o lançamento? Fica a dúvida...
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